Igualdade de gênero passou longe de Nomadland e dos outros 7 indicados ao Oscar

O Equality Rating aponta como anda a participação feminina no cinema.

Dos oito indicados a "Melhor Filme” no Oscar 2021, nenhum teve 50% de mulheres trabalhando neles.

O Equality Rating é um selo do BuzzFeed, resultado de um estudo que aponta filme a filme a porcentagem de mulheres em sua força de trabalho, seja atuando, produzindo, dirigindo ou em outra função.

A ideia não é avaliar se o filme é bom ou ruim, mas dar visibilidade ao problema, levantando o debate sobre a igualdade de gênero no universo do cinema.


Nomadland

O filme tem a diretora Chloé Zhao, indicada para Melhor Direção. Porém a participação feminina não chega nem a metade, com apenas 39%. 


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Meu pai

Com nota 8.3 no IMDB, a maior entre os 8 indicados, e apenas 34% de mulheres trabalhando nele.

Bela Vingança

Mais um filme com uma mulher indicada ao prêmio de melhor direção - Emerald Fennell.  Mas a porcentagem feminina geral fica em apenas 38%.

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Mank

Filme indicado em 10 categorias no Oscar 2021 e somente 36% de presença feminina. 


Judas e o Messias Negro

Dentre os oito indicados, o filme com a menor porcentagem feminina. Amargando apenas 26%!


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Minari: em busca da felicidade

A presença de um filme coreano entre os oito indicados é sem dúvidas muito importante. Mas a porcentagem feminina aqui também não chega nem à metade, com apenas 40%. 


Os 7 de Chicago

São seis indicações ao Oscar 2021, incluindo roteiro original e melhor fotografia. Mas com apenas 35% de mulheres trabalhando nele. 


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O som do silêncio

Nota 7,8 no IMDB e mais uma vez minoria feminina. Elas foram 37% nessa produção. 


A 93ª edição do Oscar tem um total de 78 mulheres indicadas aos prêmios, número já superior ao da edição passada, que era de 68 indicações. Há pela primeira vez duas mulheres concorrendo ao prêmio de melhor direção: "Nomadland", de Chloé Zhao e "Bela Vingança", de Emerald Fennell. E ainda em filmes dirigidos por mulheres, temos indicações em documentário ( "Agente Duplo", de Maite Alberdi e Marcela Santibáñes e o "Professor Polvo", de Pippa Ehrlich) e filme internacional ( "O Homem que Vendeu sua Pele", de Kaouther Ben Hania e "Quo Vadis, Aida?", de Jasmila Žbanić). 

Ainda que os números venham aumentando, a participação feminina nas grandes produções não chega nem a metade. O que de fato mostra que a indústria cinematográfica ainda está longe de ter igualdade de gênero. 


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