Promotor vai denunciar suspeitos de estupro coletivo à Justiça

Ministério Público denunciou quatro suspeitos à Justiça, que ainda vai analisar se abre processo. Caso da adolescente de 16 anos chocou o país.

O promotor Márcio Nobre, do Ministério Público do Rio de Janeiro, denunciou nesta segunda-feira (20) quatro suspeitos pelo estupro coletivo da adolescente de 16 anos que ocorreu em uma casa conhecida como "abatedouro" no morro da Barão, na zona oeste da cidade.

Depois que o Ministério Público formaliza a acusação, a Justiça decide se abre ou não o processo, transformando os suspeitos em réus. Segundo o jornal O Globo, o caso já está na 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá.


Mario Tama / Getty Images

Protesto do Rio de Paz marcou a praia de Copacabana com calcinhas e cartazes.

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O estupro chocou o país e reforçou as manifestações pelo fim da violência contra a mulher.

Na sexta-feira (17), a delegada Cristiana Bento concluiu o inquérito e pediu a prisão preventiva de sete homens que foram indiciados no caso. Eles foram acusados de estupro de vulnerável e produção e divulgação de material pornográfico com menor de idade.

Tomaz Silva/Agência Brasil

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Dois dos indiciados já estão presos e cinco são foragidos. Os presos são Raí de Souza, 22, que admitiu ter feito sexo com a menina e foi apontado como um dos responsáveis pela gravação do vídeo em que os homens aparecem manipulando as partes íntimas da jovem desacordada, e Raphael Duarte Belo, 41, que no vídeo faz selfie com a menina desmaiada.

O promotor denunciou pelos crimes os dois presos e dois outros indiciados pela delegada, que são ligados ao tráfico de drogas da Praça Seca, onde aconteceu o crime: Sérgio Luiz da Silva, o Da Russa, e Moisés Camilo de Lucena, o Canário.

O Ministério Público não ofereceu denúncia contra três indiciados pela polícia (Marcelo Miranda da Cruz Correa, 18, Michel Brasil da Silva, 22, e um adolescente de 17 anos, apelidado de Perninha).

A vítima foi incluída em um programa federal de proteção.

Reprodução/O Globo

A adolescente teve de deixar o Rio e está sob proteção do governo.

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A pena por estupro de vulnerável é de 8 a 15 anos de prisão. A pena máxima para a produção de pornografia com menores de idade é de 8 anos e de 6 anos para divulgação desse material.

No Piauí, foram registrados três casos de estupro coletivo em menos de um mês. Uma das vítimas é uma menina de apenas 14 anos. As outras são jovens de 17 e 21 anos. Os agressores fizeram vídeo com uma das vítimas desmaiadas e divulgaram pelo Whatsapp como no caso da garota do Rio.


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