Caso da Prevent Senior está sendo comparado ao do médico nazista Mengele

A empresa ocultou mortes de pacientes em um estudo com cloroquina.

O plano de saúde Prevent Senior ocultou mortes de pacientes com Covid-19 que foram submetidos a um estudo com cloroquina, aponta um dossiê enviado para a CPI da Covid. Na internet, o caso está sendo comparado ao do médico nazista Josef Mengele.

O diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, e o médico Josef Mengele. Crédito: reprodução

Apoiada por Jair Bolsonaro (sem partido), a pesquisa teria mencionado somente duas mortes de pacientes, quando, na verdade, nove pessoas morreram. A notícia foi revelada pela Globonews, que teve acesso à planilha com os nomes e as informações de saúde de todos os participantes.

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Nesta quinta (16), Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior, deveria depor na CPI da Covid, mas não compareceu, justificando que não teve tempo hábil para ir até Brasília, já que recebeu a notificação na tarde da quarta-feira (15).

“Isso porque, de acordo com o artigo 218 (parágrafo segundo) do Código de Processo Civil, o prazo mínimo para atender a uma convocação desta natureza é de 48 horas”, justificou a empresa em nota.

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Segundo o dossiê ao qual a Globonews teve acesso, um dos pacientes que morreram chegou até mesmo a receber 20 sessões de ozonioterapia, um tratamento que consiste em aplicar ozônio por via endovenosa, intramuscular ou retal.

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Josef Mengele foi um médico alemão nazista conhecido por fazer experimentos cruéis em humanos e comandar suas mortes em câmaras de gás no campo de concentração de Auschwitz.

Reprodução

Na década de 60, ele veio para o Brasil e acabou morrendo afogado em uma praia em Bertioga, em São Paulo.

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No Twitter, a Prevent Senior "desafiou" os médicos que deram seus depoimentos anônimos a apresentarem argumentos e provas.

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