Precisamos reforçar o óbvio: vacinas não causam AIDS

Andressa Anholete/Getty Images

Na última quinta-feira, o presidente da República foi a público falar talvez um de seus maiores absurdos até agora. Jair Bolsonaro teve a manha de cravar: "Vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [AIDS]".

Isso quer dizer que, em pleno 2021, o presidente do Brasil está me fazendo escrever uma matéria para dizer que: NÃO, VACINAS NÃO TÊM RELAÇÃO COM AIDS. Pelo amor de Deus, bicho.

É óbvio que a fala do presidente da república afeta sua população. Logo, é importante desmentirmos tudo com argumentos de quem REALMENTE entende do assunto.

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Então não fui só eu que tive que parar de fazer minhas coisas pra desmentir esse absurdo. Uma galera realmente importante perdeu tempo com isso.

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1. Como sanitaristas (especialistas em levantar dados sobre saúde):

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2. Epidemiologistas (profissionais em estudos sobre epidemias):

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3. Imunopatologistas (aqueles que são especialistas em doenças que atacam nosso sistema imunológico).

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4. Microbiologistas (experts em seres microscópicos):

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5. Divulgadores científicos (pessoas que traduzem descobertas científicas para a população geral):

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6. Até a UNAIDS, programa da ONU sobre HIV e AIDS, teve que parar o que estava fazendo pra escrever uma nota desmentindo o fato.

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"As formas de transmissão do HIV são bem conhecidas e detalhadas em literatura médica disponível e a vacina não é uma forma de transmissão possível", descreve a nota. "Reforçamos que o estigma e a discriminação relacionados ao HIV são um dos combustíveis da desigualdade e ainda hoje são a maior barreira de acesso a todas as tecnologias biomédicas disponíveis em território nacional.", completa.