Por que é perigoso ter um soluço persistente?

Jair Bolsonaro foi internado por não conseguir se livrar do problema.

O dia começou com a notícia de que Jair Bolsonaro cancelou sua agenda de compromissos para fazer exames no Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília. Há mais de uma semana, ele vinha se queixando de soluços persistentes e chegou a mostrar o problema enquanto fazia declarações.

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Em nota oficial, o Palácio do Planalto afirma que "por orientação médica, o presidente ficará sob observação, no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital. Ele está animado e passa bem".

Mas, afinal, por que soluçar com constância pode ser um problema?

O soluço é um espasmo do diafragma e dos músculos do tórax.

Quando se torna constante pode indicar algum tipo de irritação dos nervos frênico e vago, que inervam o diafragma. As motivações possíveis são muitas, como refluxo, consumo de bebidas alcoólicas ou gasosas, assim como uma respiração acelerada por exemplo.

No caso de Bolsonaro, a causa parece ser outra e, por isso, precisa ser investigada por meio de exames.

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O soluço persistente pode ser sintoma de alguma doença?

Reações contínuas, que duram até 24 horas e não param com nada, podem ser sintoma de doenças neurológicas ou gástricas, como gastrite. No caso de soluços persistentes por mais de 48 horas, precisa haver a investigação de alguma causa atrelada a doenças clínicas.

Além disso, insônia e estresse são outras consequências possíveis, assim como possíveis problemas neurológicos, diz o hospital Proncor.

Em entrevista ao site "Vida Saudável", o médico-cirurgião do hospital Albert Einstein, Dr. Sidney Klajner, afirma: “Pouco se sabe sobre a incidência de soluções intratáveis ou persistentes. Apenas alguns estudos demonstraram que mais de 200 casos de soluço persistente ou intratável apresentavam-se na maioria em idosos do sexo masculino e com doenças associadas”.

Como se curar do soluço?

O mais indicado é fazer uma respiração ritmada. Já engolir saliva não é o mais recomendado para pôr fim ao soluço porque o líquido precisa ser em maior quantidade. Por isso, o ideal é beber água em vários e pequenos goles.

Também ajuda: prender a respiração ou soprar contra um obstáculo; beber água gelada ou fazer gargarejo; ingerir açúcar puro; apoiar o tórax contra uma superfície; ou fazer pressão sobre os olhos para estimular o nervo vago.

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Afinal, levar um susto funciona em casos menos graves?

A resposta é: SIM. Um leve susto, pois faz com que o corpo libere catecolamina, que regula o funcionamento do nervo frênico.

Rir bastante também é uma solução recomendada.

Se o soluço não passar, procure um médico.

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