PF faz operação contra suspeita de corrupção na impressão de provas do Enem

Xiii... Vem entender o que rolou!

Operação foi batizada de Bancarrota.

Mariana Leal/MEC

A Polícia Federal está nas ruas na manhã desta terça-feira (7) para apurar suposto superfaturamento de R$ 130 milhões em contratos firmados com gráficas que imprimiam provas do Enem entre 2010 e 2018. Os envolvidos são suspeitos de terem cometido os crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da lei de licitações e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam 20 anos de reclusão.

Funcionários do Inep são suspeitos de integrar esquema criminoso.

Segundo as investigações, servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem, teriam favorecido uma empresa em contratos de R$ 728 milhões. A PF ainda aponta para um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores do Inep suspeitos de participação no esquema criminoso.

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Operação ocorre em dois Estados e no DF.

Divulgação/CGU

De acordo com a PF, são cumpridos 41 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, além de ter sido determinado pela Justiça Federal o sequestro de 130 milhões de reais das empresas e pessoas físicas envolvidas. Participam da operação 127 policiais federais e 13 auditores da Controladoria-Geral da União.

Cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados, segundo a PF.

Os contratos sob investigação totalizaram um pagamento às empresas de R$ 880 milhões, desde 2010. Deste montante, cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados para fins de comissionamento da organização criminosa, que é composta por empresários, funcionários das empresas envolvidas e servidores públicos.

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Investigação foi iniciada pela CGU.

Divulgação/CGU

A operação desta terça é resultado de uma auditoria realizada pela CGU em 2019, que revelou irregularidades nos contratos assinados pelo Inep com a gráfica responsável pela impressão do Enem.

Operação visa resgatar valores pagos indevidamente.

Gabriel Jabur/MEC

"As fraudes, irregularidades e favorecimentos indevidos resultaram na aplicação de recursos para satisfação de interesses particulares em detrimento da alocação que deveria priorizar o interesse público. A deflagração da Operação Bancarrota visa reverter ao erário os valores pagos indevidamente e a apuração de responsabilidade dos envolvidos", afirma a CGU em nota.

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