Paulinho levou o Candomblé pra Tóquio, e tá lindo de ver as reações

Divulgação: CBF

"Nunca foi sorte, sempre foi EXU". Foi o que mandou Paulo Henrique Sampaio Filho, o Paulinho, poucos dias antes de embarcar pra Tóquio. O camisa 7 da Seleção na Olimpíada tem usado os holofotes para falar sobre sua religião, diversidade e ciência.

O futebol é uma instituição predominantemente cristã. Pelo menos à primeira vista. Basta pensar em quantos "Deus é Fiel" já pipocaram em comemorações. Ou mesmo nos vestiários, onde é de lei rolar o chamado "fechamento": um momento antes do jogo onde os atletas se reúnem em roda para rezar um Pai Nosso. Paulinho, no entanto, está aí pra mostrar que há sim espaço para outras religiões.

Adepto do Candomblé, o jogador é vocal sobre sua religião nas redes sociais.

E nos gramados também.

Em entrevista ao Globo Esporte, o atleta falou que nunca foi alvo direto de intolerância religiosa, mas que sente uma animosidade online quando fala sobre o candomblé. "Se você olhar nas redes sociais, você consegue ver", cravou.

Mas isso tá longe de impedi-lo de falar sobre o que acredita.

Muito pelo contrário. Recentemente Paulinho escreveu uma carta aberta intitulada "Que Exu Ilumine o Brasil". No texto ele fala que pra ele o Candomblé não é uma religião. "Prefiro chamar de filosofia de vida".

Na mesma publicação, ele também deixou clara sua posição política.

O que condiz com suas atitudes públicas em prol de comunidades atacadas, como os LGBTQIA+.

Paulinho tem só 21 anos.

E tem muito a ensinar aos brasileiros.

Enquanto, claro, mete goleada.

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