Ouvimos o EP da Juliette e damos o veredito: é bom - para quase todo mundo!
Aviso aos cactos: a redação foi sincerona nos reviews.
Depois de muita expectativa e participações em lives, Juliette soltou seu aguardado disco. O EP tem 6 músicas. E a gente correu para ouvir, claro.
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A seguir, as opiniões da galera do Buzzfeed Brasil sobre o álbum.
Fefito - "Forró light chique motivacional"
"Bença": A música se refere ao que Juliette viveu no "BBB", dizendo que "não se arrepende de nada" e "engole o preconceito com farinha". É uma delícia de primeira faixa.
"Diferença Mara": "Nunca foi sorte, sempre foi Deus" parece saído de um post motivacional do Instagram e tá TUDO BEM, é um forrózinho gostoso.
"Doce": Perfeita para propaganda de café da manhã. Marcas, fica a dica!
"Sei Lá": O refrão mais grudento de todas até então, mas boa para dançar com o crush.
"Benzin": Não se julgue por confundir com Anavitória no começo da música. Aconteceu o mesmo comigo. Cabe perfeitamente no núcleo de pessoas legais de qualquer novela praiana da Globo.
"Vixe que Gostoso": Essa é a que a gente vai dançar na balada e torcer por um remix, sim.
Veredito: Como nordestino me sinto plenamente representado, mas queria só um tiquinho mais de variedade rítmica e menos frases de Instagram. Dito isso, Juliette acaba de inaugurar o gênero "forró light chique motivacional". E tá tudo certo!
Ketyanne Silva - "Falamansa tá diferente!"
No geral as músicas são gostosinhas, lembrou muito o ritmo do Falamansa nos anos 2000. "Benzin" é para mandar no flerte, já temos o ritmo das festinhas pós-vacinação.
Fernando Tomas/Divulgação
Matheus - "Não vou escutar por livre e espontânea vontade novamente, mas tem qualidades".
Começando pelos elogios: já sabia que Juliette ia fazer um EP 100% inspirado nas raízes dela, e isso é muito foda. Principalmente pensando que tem muita gente daqui tentando hitar lá fora imitando o som dos gringos. Além disso, o forrozinho romântico que atravessa o disco todo é bem gostosinho, não tem como negar.
Indo para as críticas: a voz dela não é ruim, mas faltou uma emoção, um negócio a mais, sabe? Ela canta de um jeito suave e no começo é até agradável, mas chega uma hora que fica apenas chato. Acho que ela ainda precisa encontrar uma personalidade pra essa voz.
Fora isso, achei algumas letras - tipo a de "Bença" e "Doce" - bem tema de casal de novela de época das seis. Outras, como "Sei Lá", me passaram uma vibe de comercial ensolarado de cereal integral. "Vixe Que Gostoso" é a mais agitadinha, mas ela vem só lá no final e não tem força pra fechar o EP com um espírito um pouco menos entediado.
Minha opinião final: Apesar de ter sido melhor do que eu esperava, não é um disco que eu vá escutar por livre e espontânea vontade novamente. Depois de passar pelas seis faixas, todas viraram uma só na minha cabeça e eu já nem lembro do que acabei de escutar. Muito disso acho que foi pela questão dela cantar meio sem emoção, mas talvez apenas não tenha a ver comigo mesmo.
Victor Calazans - "Novelas das seis, Juliette chegou!"
"Bença" tem vibe me e chama pra um quiosque, traga uma cerveja e vamos dançar juntos. "Diferença Mara" parece continuação e tem vibe de novela das 6 que se passa no Nordeste, mas é estrelada por Giovanna Antonelli. "Doce" pode ser tema de comercial de iogurte e "Sei Lá" gruda, gruda e gruda.
Pergunta: alguém mais teve a impressão de que estava ouvindo a Anitta se aventurando no forró em "Benzin"?
Veredito: Para o início de sua incursão na carreira musical é algo bem seguro e que mostra um pouco de suas raízes. Poderia ter músicas mais longas? Sim. Arriscar mais na voz? Muito. Mas Juliette segura no carisma e simpatia. Só faltou um grito de É PAU!
Ananda Pires - "Ok."
No geral, achei bem ok.
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Flávia Campos - "Misto de Melim com frases do Orkut"
Achei as músicas feitas para novela, como "Bença". "Diferença Mara" me remeteu a um misto de Melim embalado por frases de Orkut. Para um primeiro EP e sem singles próprios anteriormente, até que a Juliette mandou bem! O ritmo gostoso que embalou todo o EP me trouxe uma vibe nostálgica e boa. As letras deixaram muito a desejar, parecia um encontro do roteiro de "Malhação" com "Rebelde Brasil".
Cheio de frases prontas e de impacto, não me passaram sinceridade nas letras. Mas é sobre isso e tá tudo bem, na primeira a gente erra e depois vai acertando.
Minha favorita foi "Doce" e se a Globo resolver criar um reboot de "Chocolate com Pimenta", essa música tem que estar na tracklist.
Felipe Germano - "Haters, o EP não é ruim. Mas podia ser melhor."
Juliette chega no mundo musical apostando no seguro. Trouxe para as canções todas as características que consagraram ela na casa mais vigiada do país. Sempre doce e com carisma, fala sobre as dificuldades naturais e sociais do sertão - sempre destacando suas raizes.
É curioso que, se as críticas no "BBB" giravam em torno de que ela era muito autocentrada, isso é justamente o que falta no álbum. As músicas pedem mais Juliette, ao mesmo tempo em que sobra Anitta. Em alguns momentos, até parece que é Anitta quem canta. No fim, Juliette inaugura o gênero do "Forró Lo-Fi", num EP bom pra ouvir enquanto trabalha. É melhor do que os haters professavam, mas menos bom do que poderia ser. É pau!
A primeira música a ganhar clipe será "Diferença Mara". E aqui está uma imagem da produção.
E aí, gostou do disco da Juliette?
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