O que acontece com Dilma agora que o impeachment foi aprovado no Senado?

Dilma fica afastada por até seis meses, vivendo no Palácio da Alvorada até que o processo volte ao Senado novamente.

Agora que o pedido de impeachment foi aprovado no Senado, Dilma fica afastada do cargo por até seis meses. Durante este período, Michel Temer assume como presidente do Brasil.

Ueslei Marcelino / Reuters

A sessão de votação terminou com 55 senadores favoráveis ao impeachment e 22 contrários. Com o resultado, o processo foi formalmente instaurado -- bastava que a maioria simples (41 de um total de 81) votasse "sim".

Dilma tem dez dias para apresentar sua defesa à comissão do impeachment do Senado, que investigará se ela cometeu crime de responsabilidade que justifique a perda do mandato.

Evaristo Sa / AFP / Getty Images

A comissão vai usar este tempo para chamar especialistas e testemunhas, convocados pela defesa e pela acusação. Nessa etapa, até a própria Dilma pode ser convocada.

Publicidade

Depois destes meses de coleta de provas e depoimentos, os senadores se reúnem novamente para fazer o julgamento para definir se Dilma cometeu ou não crime de responsabilidade.

Wikimedia

O prazo é de até 180 dias, a partir da data de hoje.

Desta vez, dois terços dos senadores (54 de 81) teriam de se posicionar a favor para que Dilma tenha, definitivamente, seu mandato de presidente cassado.

Publicidade

Dependendo do resultado da votação final do impeachment de Dilma no Senado, podemos ter dois cenários:

Dilma é absolvida e reassume a presidência imediatamente; Michel Temer volta a ser vice-presidente.

Evaristo Sa / AFP / Getty Images

Publicidade

Dilma é condenada e proibida de exercer qualquer função pública por oito anos; Michel Temer assume a presidência até o fim do mandato original de Dilma (31 de dezembro de 2018).

Mario Tama / Getty Images

Foi isso que aconteceu com Itamar Franco por causa do impeachment de Collor em 1992. Itamar era vice do presidente impedido.

No impeachment de 1992, Fernando Collor renunciou apenas aos 45 minutos do segundo tempo: quando o Senado fazia o julgamento final de seus crimes.

Ueslei Marcelino / Reuters

Ele queria evitar a cassação de seus direitos políticos. Não adiantou. A votação seguiu da mesma forma e 73 senadores votaram 'sim', contra 3 que votaram 'não'.

Collor ficou inelegível por 8 anos e depois ressuscitou politicamente como senador por Alagoas, cargo que ocupa até hoje.

Publicidade

Veja também