O mundo é nosso!
Esse texto é uma carta para que nunca nos esqueçamos do que somos capazes de conquistar.
Ainda que imersos numa realidade paralela feita de rebatedores, microfones, roupas, maquiagem, sapatos e holofotes, senti uma conexão que só é possível quando estamos na presença de um dos nossos:
por trás de tudo, éramos duas gays afeminadas. E sabíamos disso.
É a curiosa segurança de saber que não estamos sozinhos. De fato, encontrar uma parcela de si no outro fortalece sua essência, enobrece, e é capaz de transformar medo em coragem.
Naquele momento eu sabia que estávamos construindo algo muito importante, algo que ultrapassa a nossa percepção, para além de nós mesmos e talvez nem saibamos a real dimensão do que significa ocupar o espaço que estamos ocupando.