O movimento de quebrar maquiagens pode ser excludente para mulheres trans e travestis
Entenda por que a hashtag #TireoEspartilho está dividindo opiniões.
Foi aí que algumas mulheres começaram a postar relatos e fotos em que mostravam suas maquiagens quebradas.
Reprodução/Twitter
Para algumas delas, esse processo parece realmente libertador. Muitas mulheres passam boa parte de suas vidas tentando se encaixar em moldes e estruturas sociais muitas vezes opressoras. Coisas que são consideradas femininas, como maquiagem, roupas justas ou curtas e salto alto podem ser realmente nocivas.
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Alina e outras pessoas trans criticaram as maquiagens sendo quebradas como protesto, já que esses produtos poderiam fazer toda a diferença na vida de mulheres trans que não têm dinheiro para comprá-los.
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O feminismo radical da atualidade considera a questão biológica dos seres humanos, ou seja: homens têm pênis e mulheres têm vaginas. Portanto, para feministas radicais, também chamadas de "radfem", uma mulher trans não é uma mulher. Para outras vertentes do feminismo, essa atitude é vista como transfóbica. Inclusive, para muitas feministas, o feminismo radical nem é feminismo.
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Para o feminismo, é importante o questionamento de diversos aspectos que permeiam a vida das mulheres até os nossos dias atuais. O problema é quando isso não contempla todas as pessoas que se entendem como mulheres e quando não contempla, também, a liberdade de escolha individual.
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É perfeitamente possível que uma mulher cis ou trans se sinta confortável em usar maquiagem mesmo que isso possa ser uma experiência totalmente diferente para outras. Usar maquiagem não pode deslegitimar uma mulher em nenhum aspecto de sua jornada enquanto mulher.
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