O iPanelaço não é piada: criador diz querer "tirar o país deste mar de lama"
O aplicativo já tem mais de 25 mil downloads. O "próximo desafio" da agência é fazer uma versão para Android para o próximo programa do PT.
O aplicativo iPanelaço, lançado no fim de março, começou a ficar popular hoje por conta das manifestações de ontem durante programa do PT na televisão, quando as pessoas novamente bateram panelas por volta das 20h30.
Reprodução/Apple Store, Reprodução/Apple Store
Na loja da Apple, a descrição do aplicativo é: "em algumas culturas, bater panelas ou "panelaço" faz parte da forma de expressão popular. Este app permite a você levar a possibilidade de exercer esse forma de se expressar a pequenos lugares ou recintos, como salas e auditórios, com a mesma intensidade, mas sem a necessidade de elementos físicos".
Ainda não há versão para Android.
Em entrevista ao BuzzFeed Brasil, Marcelo Nicolau, sócio da agência que criou o iPanelaço, disse que o app é a forma que eles acharam para "contribuir com os protestos e livrar um pouco o país deste mar de lama em que ele se encontra".
Arquivo Pessoal
"A ideia surgiu logo após os primeiros protestos de março, em um brainstorm de um cliente, e nós resolvemos fazer o aplicativo para ser nossa forma produtiva de apoiar os protestos. E você sabe como é agência né, ideia na mesa é ideia feita. Em 48 horas o app estava pronto."
O aplicativo já tem mais de 25 mil downloads. O "próximo desafio" da agência é fazer uma versão para Android para o próximo programa do PT.
"Entre ontem e hoje houve um 'boom' que pegou a gente de surpresa. Acredito que a ideia valeu, vamos dizer assim. A ideia é mostrar é que qualquer um pode protestar e deve protestar, deve ser contra essa balbúrdia, essa loucura toda que está aí.
Marcelo diz que ele próprio usa o aplicativo. O som é meio baixinho, mas no próximo protesto ele promete "ligar o iPhone em uma caixa de som bluetooth".
"A gente não aguenta mais isso que tá aí. Ser passado para trás, ser feito de besta, ser feito de otário. O programa de ontem, pelas poucas resenhas que eu pude ler, nos chamou mais uma vez de otários", diz Marcelo.
