O enfermeiro confundido com Uber e atacado por taxistas foi salvo por uma vaquinha

A humanidade tem salvação. ATUALIZAÇÃO: o Sindicato dos Taxistas afirmou que vai ressarcir Jorge.

Na noite de anteontem (terça, 10), ao se aproximar de um bloqueio dos taxistas no centro de São Paulo, este carro preto foi confundido com um Uber e cercado.

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Os taxistas chutaram, socaram e quebraram o vidro do veículo – que nem era um Uber.

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O carro era do auxiliar de enfermagem Jorge Carlos Ferreira Santos, que estava indo pro trabalho.

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"Peço desculpas se machuquei alguém", disse Jorge, que para tentar escapar do cerco atropelou alguns agressores, em entrevista à TV Globo. Ninguém ficou ferido.

"Eles vieram para me matar", contou Jorge à TV Globo. "Eu tive que sair com o carro, não teve jeito".

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Enquanto era agredido, Jorge tentou pegar o jaleco para mostrar que trabalha em dois hospitais públicos.

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Mas não deu tempo. Jorge contou ainda à TV Globo que o carro, seu primeiro, foi adquirido em 48 parcelas, e o seguro infelizmente estava atrasado. Ele trabalha em turnos de 12 horas e ganha R$ 1.700 por mês.

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"Não tenho raiva de quem fez isso, não tenho rancor deles, nada. Tenho pena", ele contou na reportagem.

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Foi pensando nisso que organizaram uma vaquinha virtual para consertar o carro do Jorge. E ela praticamente já chegou ao objetivo.

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André Shizuo, que criou a vaquinha, esclareceu sua intenção na descrição. "Não quero fazer apologia a lados, não quero tomar partidos políticos, só quero ajudar essa pessoa que ganha pouco demais pra conseguir pagar pelo conserto do seu carro sozinho".

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ATUALIZADO em 13/5, 13:12 - O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxis no Estado de São Paulo afirmou que vai pagar pelos prejuízos e que não concorda com a agressão a Jorge.

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