Rebelde: Para conseguir papel em versão da Netflix, brasileira Giovanna Grigio precisou ser "cara de pau"

No remake, com estreia marcada para 5 de janeiro, a atriz interpreta Emilia.

Como boa brasileira, a atriz Giovanna Grigio, de 23 anos, precisou ser "cara de pau" para conseguir o papel de Emilia Alo, na nova versão da novela "Rebelde', que estreia em 5 de janeiro na Netflix. "Eu acho que meu grande ato de rebeldia na vida foi ter feito esse teste", disse em entrevista ao Buzzfeed. Conhecida principalmente por suas atuações em "Chiquititas' e "Malhação", a atriz falou sobre sua primeira memória relacionada ao RBD e disse estar realizando um sonho – que é de todos os fãs – de estudar no Elite Way School. Confira abaixo a conversa.

Reprodução/Instagram

Como tem sido sua vida desde sua escolha para viver a Emilia?

"Foi uma doideira, na verdade. Eu não falava espanhol e a princípio para o teste eles pediam alguém que falasse espanhol e eu arrisquei. E é muito engraçado assistir à cena, que eu mesma gravei. Porque eu olho para a minha carinha e fico 'claramente essa pessoa não está entendendo nada do que ela está falando' (risos). Eu fui muito cara de pau. E eles me aprovaram, viram em mim algo que poderia ser aproveitado dessa minha doideira. Eu acho que meu grande ato de rebeldia na vida foi ter feito esse teste mesmo não sabendo falar espanhol. Isso foi no final de 2019. Em 2020, fui para o México, estava conhecendo a galera, prestes a começar a gravar, aí veio a pandemia e eu voltei para casa. Só no começo desse ano que fui para lá de novo e as coisas começaram."

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Um grande mérito da série é não querer contar novamente a história da banda, é criar sua própria narrativa naquele espaço que o público já está familiarizado. Como você vê isso?

"Eu concordo com você. Acho que isso é um acerto da trama. A história de Rebelde é icônica e já foi recontada em vários países porque, de fato, é algo muito bom. Mas aquela história já existe, está lá. Então, se a gente quer contar alguma história, precisa contar algo novo e eu acho bonito a gente fazer essa conexão de ser o mesmo universo, no Elite Way, onde a banda, o RBD existiu, mas com uma história nova."

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Num primeiro momento, a Emilia pode ser uma personagem difícil de o público gostar. A sexualidade dela pode ser o motor que vai fazer com que as pessoas conheçam um lado mais doce dela?

"Algo interessante sobre a Emilia é que ela é muito agridoce. Ela é uma estrangeira no México, falando um idioma que não é o dela, lidando com os sonhos dela. Ela está vivendo o rolê dela e, eu sinto que muitas vezes ela precisa ser ríspida – eu imagino na minha cabeça – que as pessoas foram ríspidas com ela também, então, é uma armadura que ela tem. Não exatamente por ser uma pessoa ruim ou má, é o jeito que ela encontrou para sobreviver e sobressair naquele ambiente. A sexualidade para ela – e eu acho que isso é uma coisa boa que acontece durante a série inteira – nunca é uma questão para esses personagens. Eles são quem eles são e ponto. Não existe dúvida nem nada, mas eu acho que o fato de as relações amorosas da Emilia abrirem a vulnerabilidade dela faz a gente conhecer o lado mais doce do agridoce dela."

E sobre o Brasil, como a Emilia vai levar o País para o Elite Way School?

Mayra Ortiz/NETFLIX

"A Emília, enquanto personagem, é brasileira e ponto. Mas ela é uma pessoa que está muito dentro daquele universo, ela se adaptou. Ela tem a característica de brasileiro de não desistir nunca e tem humor, mas tudo de uma forma muito natural. Eu consegui me ver na mesma situação que ela. Chegou um ponto em que eu estava muito adaptada."

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Além do Brasil, a série conta agora com atores também de outros países. Qual é a importância disso em se tratando de uma trama de tanto sucesso na América Latina?

"Eu acho irado. Enquanto brasileira que viveu a febre e que estava lá e viu tudo acontecendo, quando me coloco no lugar do público, eu acho muito bacana que exista uma personagem brasileira lá. Isso, de certa forma, aproxima. É um universo muito legal, que a gente ama muito, é o Elite Way School, UAU. E aí, se existem estudantes brasileiros lá é porque está perto da gente, é possível, é assim que eu vejo."

A verdade é que a gente sempre quis estar lá, né?

"Exatamente. Imagina estar naquele lugar irado, um colégio gigante, interno, com um monte de gente bacana… E eu estava lá, vivendo esse sonho. Além de mim, também tinha o Franco, que é argentino, e o Jeronimo, que é colombiano. Eu imagino que eles devem sentir isso também, que estão aproximando a história da terra deles."

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