Para quem ainda não entendeu o fenômeno RBD, aqui estão os motivos de o grupo ser tão relevante e icônico
Eles são muito mais do que pop latino romântico.
Um grande sucesso entre o público mais carente:


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O RBD surgiu em uma novela que no Brasil foi exibida na TV aberta (SBT), e atingiu principalmente as classes C, D e E. Para comparar, na mesma época acontecia outro fenômeno jovem, o "High School Musical", que pegou os públicos A e B, já que era um produto da TV por assinatura (Disney Channel). Por falta de grana, muitos fãs de "Rebelde" não conseguiram ir aos shows de 2006-2008, mas consumiram o grupo com RGs dos personagens, cards e covers. A "Soy Rebelde Tour" teve muitos relatos de pessoas que, nesses 15 anos, entraram no mercado de trabalho, ganharam o dinheiro necessário e realizaram o sonho antigo de ver seus ídolos. Para muita gente foi mais do que um show, foi uma conquista pessoal.
Último fenômeno antes das redes sociais:


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O RBD fez sucesso antes do Instagram, TikTok, Spotify, WhatsApp e YouTube estarem ao alcance de todo mundo - ou sequer existirem. Eles "viralizaram" de maneira orgânica, a partir da novela, de mídia física (CDs, revistas. etc) e do amor passado de um fãs para outro. Eles não "engajavam" expondo a vida pessoal ou criando polêmicas, não usufruíam do marketing de influência e não contavam o sucesso em seguidores, plays ou streams.
Nunca tiveram apoio da mídia especializada, da Globo e das rádios:
Eles foram criticados desde sempre e raramente tocavam nas rádios. Por serem parte de uma novela do SBT, nunca apareceram na Globo - ou seja, as principais janelas de contato com o público nunca estiveram abertas para o RBD. E ainda assim conquistaram seus fãs. A fidelidade das pessoas foi mais relevante do que a máquina da indústria musical.
Três mulheres juntas em uma época em que a rivalidade feminina bombava:


Diego Bargas
Anahí e Dulce dividiam igualmente o protagonismo da novela e a liderança da banda. Maite, apesar de secundária no folhetim e nas músicas, sempre teve seu espaço e foi ganhando destaque. E se Mia e Roberta eram rivais, as integrantes do grupo sempre mostraram ser grandes amigas, esbanjando sororidade. Parece comum hoje, mas em 2006 a rivalidade feminina ditava o mundo pop.
Seguiram se apoiando após a separação:


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Os fãs sabem que os integrantes do RBD sofreram com contratos que não os favoreciam. Por isso, ainda que estivessem no auge, o grupo optou por se separar antes que a situação comprometesse a saúde e a amizade deles. Nos anos seguintes, desmostraram respeito e afeto uns pelos outros, e não há relatos de fofocas, troca de farpas e competição quando todos saíram em carreira solo. Para a "Soy Rebelde Tour", a decisão de Poncho não voltar para o grupo foi respeitada, e ele demonstrou publicamente seu apoio pelos colegas que voltavam aos palcos.
Voltaram falando abertamente sobre idade, saúde mental e autoaceitação:


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Os shows do RBD sempre tiveram momentos defendendo a paz, a amizade e o amor (próprio, inclusive). Quinze anos depois, essas mensagens se tornaram mais autênticas, com relatos sobre a passagem do tempo, já que todos estão na faixa dos 40 anos, e saúde mental (Dulce falou sobre encontrar forças nos fãs quando se sentia sozinha e Anahí estampou em sua roupa a frase "vocês me salvaram"). Mas foi Christian quem ostentou autoaceitação ao usar figurinos que romperam as barreiras de gênero e disse em cada apresentação que cada um deveria "ser você mesmo".