Lukaku é um dos melhores jogadores belgas, mas o seu maior oponente é o racismo
Ele é a exceção que só comprova como o racismo exclui e desumaniza pessoas negras.
Romelu Lukaku foi um dos destaques da Copa. Ele já marcou 4 gols pela Bélgica e jogou muito bem contra o Brasil. Mesmo com a derrota para a França na semifinal, Lukaku vai sair da Copa maior do que entrou.
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Hoje, mais pessoas conhecem o seu futebol e a sua história.
No mês passado, o site The Player’s Tribune publicou um emocionante texto em que Lukaku abre o coração e conta a sua história.
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Um dos trechos mais impactantes é quando ele conta que, aos seis anos de idade, viu a sua mãe misturar água no leite porque não havia dinheiro para comprar comida para o resto da semana. Diante da cena, Lukaku prometeu que seria jogador de futebol do Anderlecht, um dos maiores times da Bélgica, para melhorar a condição de sua família. O texto foi traduzido pelo site brasileiro Trivela.
O racismo dos belgas tem origens históricas, uma vez que o Congo, colonizado pela Bélgica, conseguiu a sua independência apenas em 1960.
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E quando falamos de origens históricas, nos referimos ao holocausto que a Bélgica promoveu no Congo. Henrique II, rei belga, matou entre 6 e 20 milhões de congoleses (não há números exatos sobre esse episódio histórico).
Existe muita injustiça Histórica contra o povo africano, considerar o Holocausto Judeu como o maior crime da humanidade é um grande erro. Leopoldo II foi um monstro muito mais sanguinário. Essa thread é triste, mas e necessária pra quem ainda não conhece o Holocausto no Congo https://t.co/QciMABy7fO
Por isso, não surpreende quando Lukaku diz que tem lutado para ser reconhecido como um cidadão belga. Ele também fez a seguinte declaração, que mostra a força do racismo no país: "Eu ficaria surpreso de conhecer um negro da Bélgica que me dissesse que nunca sofreu racismo. Seria uma grande mentira."
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Não importa quão genial, quantas línguas ele fale e quantos gols faça, o racismo será sempre o seu maior oponente.
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Essa é a história de Lukaku: a exceção que só comprova como o racismo exclui, desumaniza e torna tudo mais difícil para pessoas negras.
