Leite podre, representatividade e branquitude

Breve reflexão sobre quem usa sua sexualidade como manobra para ludibriar desavisados.

Breve e incisiva, hoje quero falar sobre pessoas.

Pessoas que fazem parte da nossa comunidade e que, naturalmente, esperamos que valorizem e se preocupem com nossa vida tanto quanto nós mesmas nos preocupamos. Mas que, no fim, corroboram com o sistema que nos aniquila diariamente. 

Pessoas que usam de sua sexualidade como manobra para ludibriar desavisados, mal informados ou mal intencionados a respeito de seu histórico de caráter duvidoso. 

Pessoas que se estabelecem em cima do muro articulando pautas LGBTQIA+ enquanto pendem, sempre, pro lado que anula a história de luta e morte que sofremos, principalmente por estes que dominam o poder hoje. 

Desserviço.

Quero falar, também, sobre pessoas brancas, LGBTQIA+ ou não, que fomentam o “pacto narcísico da branquitude”, termo cunhado por Cida Bento, que contextualiza o compromisso de proteção, premiação e reconhecimento que existe entre pessoas brancas. Sempre haverá um elogio, ainda que seja sobre a beleza padrão e o porte masculino. Sempre há algo a se enobrecer.

Gays que colocam uma suposta representatividade acima do bem estar das outras letras que formam a comunidade, cumprindo com o que sempre fizeram desde que o mundo é mundo. 

Queria falar, mas acho que já falei.

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