Katy Perry falou sobre seus casos de apropriação cultural e as coisas ficaram tensas
"Eu nunca vou entender algumas dessas coisas por causa de quem sou. Mas posso me informar melhor, e é isso que estou tentando fazer."
Katy Perry foi acusada de apropriação cultural muitas vezes ao longo dos anos.
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A crítica mais contundente ocorreu na sua apresentação do AMA (American Music Awards) de 2013, na qual ela se vestiu como uma gueixa, assim como seu cabelo no clipe de "This Is How We Do".
Bom, nesta semana, Katy falou sobre as críticas que recebeu em uma entrevista com o ativista de direitos civis DeRay McKesson. A entrevista apareceu no livestream de 72 horas dela e no último episódio do podcast do DeRay.
Katy começou falando sobre seu cabelo no clipe de "This Is How We Do". Ela disse que não tinha compreendido o significado das tranças rasteiras até ter conversado com sua estilista sobre a "história" desse penteado.
Capitol Records
Ela disse:
Cometi muitos erros. Até mesmo no vídeo "This Is How We Do", com meu cabelo. Tive uma conversa difícil com um dos meus anjos mais empoderados, a Cleo [Wade, sua estilista], sobre por que eu não podia usar meu cabelo assim e qual era a história envolvendo esse tipo de cabelo. E ela me contou sobre o poder do cabelo das mulheres negras, e como isso é bonito, e o que ele representa na luta delas. E eu escutei, ouvi, e não sabia daquilo.
Ela também falou sobre o tumulto envolvendo sua apresentação vestida de gueixa em 2013.
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Na época, muitas pessoas se opuseram ao traje e à maquiagem, como também ao movimento de reverência e ao seu caminhar durante a coreografia. Um crítico disse que a apresentação representava uma "identidade sexualizada, imprecisa e simples que não tem nada a ver com as culturas asiáticas. Ela cedeu a um público inteiramente branco ao se apropriar das mulheres asiáticas".
Katy disse que a intenção de sua apresentação era celebrar a cultura japonesa.
CBS
Ela explicou:
Mesmo tendo a intenção de reverenciar a cultura japonesa, eu cometi um erro na apresentação. E eu não sabia que tinha errado até ouvir as pessoas falando que eu errei.
Ela disse:
Eu nunca entenderei algumas dessas coisas por ser quem eu sou. Mas eu posso me informar, e é isso que eu venho tentando fazer.
Ela disse também que prefere ouvir críticas "construtivas", não comentários negativos.
Katy explicou:
Às vezes é preciso que alguém diga, por compaixão, por amor: "Ei, é aqui que começa tudo". E não apenas comentários negativos. Porque às vezes é difícil digerir esses comentários negativos. Seu ego quer apenas se afastar deles.
Katy falou também sobre as reações negativas em relação à piada que fez recentemente mencionando Barack Obama.
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Durante uma sessão ao vivo de perguntas e respostas com fãs no Instagram, alguém disse:
"Sinto falta do seu antigo cabelo escuro."
Então Katy respondeu: "Ah, é mesmo? Você sente falta do Barack Obama também? Ah, OK. Os tempos mudam. Tchau! Vejo vocês depois!".
Algumas pessoas disseram que o comentário foi "ofensivo e sem graça", outras disseram que foi "racista", enquanto muitos fãs a defenderam.
Ela explicou que fez o comentário após se sentir "insegura" com seu novo cabelo.
Katy disse:
Eu errei ao tentar fazer uma piada, e a contei de uma maneira errada. Alguma coisa realmente me impulsionou. Alguém estava mencionando meu cabelo novamente, outra pessoa disse que eu não sou bonita o suficiente sem meus fios escuros e eu perdi o controle.
Ela continuou dizendo que pretende fazer mais colaborações com artistas negros para que possa "colocá-los sob os holofotes".
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Ela disse:
Eu não quero viver em um mundo segregado, especialmente tratando-se de música. Eu já fiz parcerias com Kanye West, Nicki MInaj, Juicy J e Migos. Como eu posso colaborar com as pessoas, ajudando a alavancar suas carreiras e dando esse espaço a elas? Como posso ajudá-las de uma maneira positiva?
As críticas se estenderam ao entrevistador, DeRay McKesson, com muitas pessoas dizendo que ele "não deveria ter concedido espaço a Katy" para falar sobre apropriação cultural.
"Deray entrevistou Katy Perry sobre a 'apropriação cultural' que ela fez do cabelo de mulheres negras. Agora eles estão o atacando por dar a ela uma plataforma."
Ele então entrou na conversa para se defender, instigando as pessoas a ouvirem a entrevista na íntegra.
"Você viu dois minutos de uma entrevista de uma hora. Eu não acho justo dizer que ela não foi criticada [pelos casos de apropriação cultural]. Falamos sobre muita coisa."
E continuou o assunto tuitando um tópico sobre isso.
"Pelo que vi até aqui, parece que dois minutos de uma entrevista de uma hora foram postados aqui. Eu encorajo vocês a verem tudo."
Você pode ouvir a entrevista na íntegra (em inglês) aqui.
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Este post foi traduzido do inglês.