Juliette fala sobre pressão por números ao lançar seu primeiro álbum: "A qualidade da minha música jamais será determinada por isso"

Em "Ciclone", cantora quer equilibrar o sucesso comercial com a qualidade artística.

Inegável que Juliette é uma das maiores vencedoras da história do "BBB". Fenômeno, ela busca ir além e tenta conquistar um espaço ainda maior do que o programa poderia alçá-la.

Ela lançou algumas músicas, incluindo "Diferença Mara," "Bença" e "Doce," que foram bem recebidas pelo público. Portanto, embora Juliette não seja originalmente uma cantora, ela tem se aventurado na música como parte de sua carreira após o "BBB".

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Dando continuidade nesse caminho, Juliette lançou "Ciclone", seu primeiro álbum. Ao longo de nove músicas, ela investe no lado pop, vertente diferente de seu primeiro EP, que trazia suas origens na sonoridade.

Juliana Rocha

Durante uma coletiva de imprensa para falar sobre o álbum, o BuzzFeed Brasil falou com a cantora. Perguntamos sobre a pressão e a expectativa do mercado musical para lançar música e rapidamente e atingir números altos.

Juliana Rocha

A artista mencionou como essa pressão pode afetar a essência, a naturalidade e a qualidade da música. Também falou sobre equilibrar o desejo por sucesso de mercado com a importância da qualidade da música.

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Juliette comentou sobre a sobrecarga de conselhos e estratégias disponíveis, que podem ser esmagadores. Ela destaca como a pressão constante e a busca por números podem causar medo e ansiedade, levando à preocupação com o fracasso.

"O mercado é assim. Você precisa lançar muito, muito rápido, lançar muito, fazer isso, fazer aquilo. Todo mundo tem a receita certa, todo mundo sabe muito e está cheio de especialistas em estratégias. É muita pressão, muita expectativa, é difícil corresponder. Sempre tem uma opinião, sempre tem alguém que acha que deveria ter feito de outra forma e por números. E se não? E se não atingir o número total? Você flopa? E se não for, o que é? Muito medo, muita pressão, muita cobrança."

Ela busca por uma harmonia entre sucesso comercial e a criação de música de qualidade, ressaltando que não é necessário sacrificar a integridade artística em nome dos números.

"Eu acho que isso tira um pouco da essência, da naturalidade e da fluidez da música. Até da qualidade, às vezes, porque você tem pouco tempo de produção e tal. Eu tento não me render a isso. Óbvio que eu penso nos números. Cada música tem uma estratégia diferente. Tem a música que eu faço pra ser lado do B mesmo. E tem a música que eu faço para ir para as rádios. Então, é só questão de organização, planejamento. Tem como você ritmar e atingir números com a música de qualidade? Você não precisa fazer qualquer coisa em prol disso. Eu tento equilibrar."

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Ela entende que há um equilíbrio delicado entre o desejo de sucesso comercial e a manutenção da qualidade artística, com uma apreciação sincera pelos esforços e dedicação de seus fãs na busca por números e recordes.

"Eu quero sim o mercado. Eu quero sim os números, é natural. Quem é mais neurótico são os meus fãs. Eles são loucos por números, muito mais que eu, eles são viciados em recordes, não sei por quê. Eu não sei por que eles viciam em recordes, né? Mas eles fazem de tudo. Eles dão sangue e eu sou muito grata. A gente consegue números que nem eu esperava porque eles gostam disso e eles vão atrás. Mas a qualidade da minha música jamais será determinada por isso."

"Ciclone" já está disponível em todas as plataformas de áudio.

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