Johnny Depp versus Amber Heard: o que sabemos sobre o primeiro dia de julgamento
O ator processou a ex-esposa por difamação depois que ela descreveu o relacionamento deles como "abusivo" em um artigo do "Washington Post".
Teve início na terça-feira (12) o julgamento por difamação em um processo movido pelo ator Johnny Depp contra sua ex-esposa, a também atriz Amber Heard, por conta de um artigo publicado por ela no jornal "Washington Post" em 2018.
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Do lado de fora do tribunal em Fairfax, na Virgínia, os fãs fizeram fila em apoio a Depp e Amber. As informações são do BuzzFeed News.
Primeiro, vale começar dizendo que tanto os advogados de Heard quanto os de Deep disseram ao juri que os dois tinham um relacionamento violento.
Dito isso, vamos às alegações:
Os advogados de Amber afirmaram que ela viveu um inferno durante seu casamento com Depp. Segundo a defesa da atriz, o ator de "Piratas no Caribe" teria dados socos e chutes na então esposa durante uma passagem do casal pela Austrália.
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Em um momento posterior, ele teria arrastado Amber pelos cabelos, disse o advogado da atriz durante as declarações de abertura do julgamento.
A defesa de Heard ainda descreveu vários casos em que Depp teria agredido a atriz física e sexualmente após ficar bêbado e chapado.
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Quando ainda era casada com Depp, Amber encontrou fotos de uma mulher nua no computador do ator, e quando ela o questionou sobre uma possível traição, os dois acabaram trocando socos, disse Elaine Bredehoft, advogada de Amber.
Amber Heard "amou o lado de Johnny que vemos nos filmes, carismático, charmoso, generoso. Esse é o homem por quem ela se apaixonou", disse Bredehoft ao júri, formado por sete pessoas.
"Mas, infelizmente, um monstro aparecia quando ele bebia ou usava drogas", acrescentou, mencionando coquetéis de álcool, medicamentos, cocaína, ecstasy e cogumelos alucinógenos.
Os advogados de Amber ainda disseram que o artigo publicado no "Washington Post" é "protegido pela Primeira Emenda" – que trata sobre a liberdade de expressão –, e não poderia ser considerado difamação, pois Depp foi fisicamente abusivo em relação a ela durante o casamento.
Já a defesa de de Depp disse que Amber era fisicamente abusiva e que, às vezes, ele se trancava no banheiro para evitá-la.
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Os advogados disseram ainda que o ator chegou a reservar um quarto extra de hotel durante a viagem do casal para que ele tivesse para onde ir quando Amber ficasse "furiosa".
Sobre o período do casal na Austrália, em dezembro de 2015, Amber teria jogado uma garrafa de vodka em Depp, o que teria cortado o dedo do ator, disse seu advogado.
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A defesa de Amber, por outro lado, disse que Depp cortou o próprio dedo.
A irmã de Depp, Christi Dembrowski, foi a primeira testemunha do ator no julgamento. No depoimento, ela descreveu o casamento dos atores como tóxico e disse que Amber era uma jovem "sempre conflituosa", que "exagerava" ao tratar dos problemas de drogas e álcool de Depp.
Dembrowski disse que foi ela quem reservou para Depp um quarto extra de hotel quando o casal viajou.
A irmã de Depp ainda disse que durante a infância deles, a mãe era fisicamente abusiva em relação ao pai, mas que o irmão nunca refletiu esse comportamento com ninguém.
Dembrowski também disse que, embora nunca tenha visto Depp e Amber fisicamente violentos um com o outro, estava presente no momento em que a atriz teria chamado Depp de "velho gordo".
Depp e Amber se conheceram em 2009, no set do filme "Diário de um Jornalista Bêbado". Eles se casaram em 2015 e, pouco mais de um ano depois, a atriz entrou com o pedido de divórcio. Ela também obteve uma ordem de restrição, dizendo que Depp a agrediu. Em troca, o ator acusou Amber de "alegar abuso" para "assegurar uma resolução financeira prematura".
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Em 2016, eles resolveram o divórcio e divulgaram uma declaração conjunta, que em parte dizia que o relacionamento "era intensamente apaixonado e às vezes volátil." Desde então, os dois travam uma intensa e milionária batalha judicial.
