Jessica e Celina fizeram fotos de como descendentes de asiáticos se sentem ao sofrerem racismo
Será que assim as pessoas conseguem entender que certas brincadeiras não tem a menor graça?
Jessica Yumi e Celina Tanaka, alunas de psicologia da Universidade Estadual de Londrina, em um trabalho sobre "Assuntos Emergentes da Psicologia", decidiram abordar a questão do racismo anti-asiático por meio de relatos e de um ensaio fotográfico.
"O objetivo da nossa apresentação foi de mostrar como o preconceito com amarelos (asiáticos e seus descendentes) ainda existe no Brasil, mesmo, por exemplo, sendo o 2º país com maior quantidade de japoneses, fora do Japão.
O preconceito não chega a ser, na maioria das vezes, violência ou criminalidade, mas são pequenas brincadeiras e frases que marcam a vida de um asiático como um estigma.
Seguindo a filosofia de "shoganai" (não tem o que se fazer, não tem como evitar), as próprias vítimas nem percebem que estão sofrendo bullying ou um tipo de preconceito. Levam na esportiva mas são chamados de "japa" ao invés do nome ou não são reconhecidos pelos seus esforços por causa de uma descendência.
Um descendente de japonês é praticamente considerado estrangeiro aqui no Brasil. No Japão ele é chamado de "gaijin" (estrangeiro). A que lugar pertencemos, afinal?" - escreveu Jéssica Yumi na postagem que acompanha o ensaio.