Isso é o que sabemos até agora sobre o ataque em Nice
Autoridades confirmaram ao menos 84 mortos. Caminhão atropelou dezenas de pessoas reunidas para ver fogos de artifício, durante feriado em comemoração à queda da Bastilha.


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O que nós sabemos até agora:
- Ao menos 84 pessoas morreram e 18 correm risco de morte depois que um caminhão atingiu uma multidão que celebrava o feriado da Queda da Bastilha, em Nice, no sul da França.
- Dez crianças estão entre os mortos, segundo autoridades locais.
- Motorista foi morto a tiros pela polícia.
- Polo antiterrorista do Ministério Público francês começou a investigar o ataque, mas nenhum grupo reivindicou a autoria até agora.
- A polícia confirmou a identidade do terrorista. Ele é o franco-tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos.
- Christian Estrosi, governador da região da Côte D'Azur (onde fica Nice), disse que armas e granadas foram encontrados no caminhão.
- Presidente François Hollande prorrogou o estado de emergência nacional por três meses. Ele também decretou três dias de luto no país.
- O primeiro-ministro Manuel Valls disse que a França "deve aprender a conviver com o terrorismo", mas que o país deve "permanecer junto, unido".


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Ao menos 84 pessoas morreram e 50 ficaram feridas em Nice (França), após um caminhão atropelar o público que celebrava o feriado que comemora a queda da Bastilha. Dezoito pessoas estão em estado grave.


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A polícia atirou contra o motorista, que morreu no local — ele carregava armas e granadas no veículo. Nesta sexta-feira, o veículo ainda passava por perícia no local do atentado. Câmeras de segurança registraram todo o movimento do caminhão.
Segundo o chefe da polícia de Nice, o ataque "possivelmente" foi cometido por um terrorista, conforme disse a uma emissora de TV.
De acordo com a emissora BFM, o autor do atentado é o franco-tunisiano Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, conhecido pelos serviços de polícia por violência conjugal e violência armada, mas sem ligação com o terrorismo. Ele tinha 31 anos, era muçulmano não-praticante, separado e vivia em Nice. Nenhum grupo terrorista disse ser autor do atentado.


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Testemunha do ataque, o repórter Damien Allemand, do jornal Nice-Matin, contou ao BuzzFeed News que o caminhão fez zigue-zague enquanto atropelava o público.
"Ele estava a cinco metros de mim. Eu corri para um lugar seguro, dentro de um restaurante. Eu saí depois para ver o que tinha acontecido. Ninguém estava se mexendo mais. Em dois minutos, a avenida virou um deserto. Havia sangue por toda a parte, o corpo de um homem estava partido no meio."
A estudante de direito Charlotte Robin, que também estava no local, relatou ao BuzzFeed News que o ataque aconteceu cinco minutos após o fim dos fogos de artifício.


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Imagens do resgate, após o ataque, mostram diversos corpos cobertos no chão. Os paramédicos foram ao local de helicóptero, dada a multidão.


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Depois de uma reunião para avaliar a crise, o presidente da França, François Hollande, prorrogou o estado de emergência por mais três meses. A França estava em alerta desde o atentado de Paris e agora vai aumentar a segurança das fronteiras.
Em pronunciamento nesta sexta (15), Hollande afirmou: "Não cederemos em nossa vontade de lutar contra o terrorismo". Ele anunciou que o país vai reforçar sua atuação de intervenção na Síria e no Iraque.
Pessoas presentes no ataque descreveram a cena como uma "carnificina".


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Uma mulher que estava no local disse ter assistido ao caminhão avançar sobre a multidão de uma distância de cerca de 3 km. Após a colisão, ela disse ter ouvido tiros.
Um vídeo publicado logo após o incidente mostra as pessoas correndo, em pânico.
Horas após o ataque em Nice, um incêndio acidental começou na Torre Eiffel, gerando dúvidas se tratava-se de uma nova investida — o que a polícia logo negou.
O presidente interino, Michel Temer (PMDB), se pronunciou no Twitter sobre o ataque:
Outros líderes mundiais também se pronunciaram:
A Casa Branca divulgou um pronunciamento do presidente americano, Barack Obama: "Condeno nos termos mais severos o que parece ter sido um terrível ataque terrorista em Nice, França, que matou e feriu dezenas de civis inocentes".
A primeira-ministra britânica, Theresa May, divulgou nota de solidariedade.
Mariano Rajoy, presidente de governo espanhol, lamentou as mortes na França.
Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que canadenses estão "abalados".