Halloween: As evoluções dos filmes terror e sua origem
Dia das Bruxas está chegando e sempre há tempo de conhecer mais sobre a história por trás dessa data.
O Dia das Bruxas (31 de Outubro) está se aproximando e cada vez mais a cultura norte-americana se espalha pelo mundo popularizando essa data.
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Apesar do Halloween ter suas raízes nos Estados Unidos, a festa tradicionalmente surgiu nas Ilhas Britânicas e é reproduzida em diferentes países com características próprias de cada local.
O seu nome propriamente dito, deriva inicialmente de "All Hallows' Eve". Um termo antigo usado para se referir a Santo (Hallow) e Véspera (Eve), ou seja, a noite que antecede ao Dia de Todos os Santos, o 1° de novembro. Muitos historiadores acreditam ainda que a sua origem faz parte de um festival praticado pelos celtas, tribos que habitavam regiões que se estendiam da Península Ibérica e Ilhas Britânicas até a Ásia Menor e viveram entre 1200 a.C. e 500 d.C.
Chamados de Samhain, os celtas consideravam a data uma das principais comemorações do calendário, pois era também uma passagem de ano para seu povo. Que anualmente comemoravam e cultuavam no 1º dia de novembro, as barreiras que separavam o mundo dos mortos e o mundo dos vivos. Com isso, eles acreditavam que as almas já mortas poderiam vagar pela Terra no fim do ano e era preciso mantê-las distantes dos vivos.
Alguns estudos recentes compartilhados pela BBC, destacam que o Samhain tinha entre suas maiores marcas as fogueiras e celebravam a abundância de comida após a época de colheita.
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Porém, essa teoria possui poucas evidências históricas, pois durante esse mesmo século houve a cristianização da Europa e os cristãos passaram a se apropriar de festivais pagãos para converter alguns povos, apagando assim as matrizes de suas religiões e cultos.
Com os processos de colonização pelo mundo e o início da modernidade, as tradições pagãs acabaram se misturando com as cristãs. E em 1845, durante um período conhecido na Irlanda como a "Grande Fome", muitas pessoas migraram do continente europeu para os Estados Unidos levando para lá parte da sua história e cultura. Hoje, fica difícil resumir aqui todo esse contexto em poucas palavras, mas a partir disso podemos dizer que a data passou a influenciar diretamente a evolução do cinema.
O “Castelo do Demônio” foi o primeiro filme de terror que conhecemos e estreou em 1896, um ano após o que é considerado o início do cinema com os irmãos Lumière. Ele possuía apenas dois minutos de duração, mas marcou a história por retratar os temores da virada do milênio.
Após a Primeira Guerra Mundial, o expressionismo ganhou força como manifestação artística com temas voltados para o terror psicológico abusando de truques de montagem, cenários distorcidos e personagens com maquiagens mais carregadas.
Reprodução | A Noite Dos Mortos Vivos (1968).
Já com o cinema falado na década de 1930 percebemos a presença maior de histórias mais fantasiosas para fazer com que o público se esquecesse dos problemas sociais que enfrentavam após a crise de 1929. Aqui é quando surge a caracterização dos monstros, como os inesquecíveis Drácula (1931) e Frankenstein, que acompanhavam efeitos sonoros de correntes, gritos, passos etc.
Nesse momento o halloween entra pra cultura POP e passa a ditar as influências no mundo do terror enquanto a ciência coloca o horror pra escanteio nos anos 1950. Com esse aumento dos avanços tecnológicos, os filmes retratavam experimentos de cientistas e surgem os gigantes que ameaçam cidades inteiras, como o Godzilla (1954). Outros monstros surgem também no imaginário comum e os famosos zumbis são representados em A Noite Dos Mortos Vivos (1968).
A revolução do gênero começa mesmo a partir da década seguinte, quando o cinema ganha cores, críticas sociais embasadas e a presença do sangue em cena torna mais visceral o horror.
Reprodução | Os Pássaros, 1963.
Assim, os clássicos filmes de Alfred Hitchcok demonstram como os humanos são mais medonhos do que parecem em Psicose (1960) e Os Pássaros (1963). Ao mesmo tempo que filmes com acontecimentos sobrenaturais ganham vez ao passar dos anos através de O Exorcista (1973), Poltergeist - O Fenômeno (1982) e A Morte do Demônio (1981).
Os ícones do terror, Chucky, Freddy Krueger e Jason, abrem as portas para os Os serial killers com o subgênero slasher, onde personagens psicopatas se tornam mais comuns.
Reprodução | Chucky, Hora do Pesadelo e Sexta-Feira 13
Outras apostas da época, como aponta o CineClick, foram os thrillers psicológicos, como em O Silêncio Dos Inocentes (1991) e Seven - Os Sete Crimes Capitais (1995), e o terror mais adolescente, como o famoso filme Pânico (1996).
Com a globalização e virada dos anos 2000, os ataques terroristas que os Estados Unidos sofreram fez com que a tortura se tornasse uma premissa aos filmes de terror. Surgiu então Jogos Mortais (2004), a franquia Premonição (2000) e a era de remakes que irão moldar os anos seguintes do cinema.