Gisele Bündchen revela que já sofreu ataques de pânico e pensamentos suicidas em novo livro

"As coisas podem parecer perfeitas por fora, mas você nunca sabe o que realmente está acontecendo."

Gisele Bündchen: brasileira, supermodelo, atriz e agora autora de uma autobiografia: "Aprendizados: Minha Caminhada Para uma Vida com Mais Significado", que chegará às livrarias a partir de 15 de outubro.

No livro, além de escrever sobre sua infância no Brasil e seu casamento com Tom Brady, ela também falou sobre sua experiência com ataques de pânico e pensamentos suicidas, assuntos sobre os quais nunca havia se pronunciado publicamente antes.

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Bündchen disse que teve seu primeiro ataque de pânico em 2003, quando sua carreira de modelo estava decolando.

Evan Agostini / Getty Images

Aconteceu dentro de um pequeno avião em um voo turbulento. A experiência a levou a desenvolver fobia de lugares fechados. Apesar disso, ela reprimia o que estava sentindo, pensando que não tinha motivos para se sentir ansiosa e em pânico.

"Eu estava em um momento maravilhoso na minha carreira, estava perto da minha família e sempre me considerei uma pessoa positiva, então me culpava muito por sentir isso", disse à People em uma entrevista de divulgação do livro.

"Tipo: 'Por que estou sentindo isso?' Sentia que não tinha o direito de me sentir mal. Me senti impotente. O mundo encolhia e eu não conseguia respirar, foi a pior sensação que já tive."

Depois, seus ataques de pânico também começaram a acontecer em casa, e foi quando ela começou a ter pensamentos suicidas.

"Eu tive o sentimento de: 'Se eu pular da minha varanda isso vai acabar, e eu nunca mais terei que me preocupar com esse sentimento do meu mundo se fechando'".

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Após se consultar com um médico, Bündchen passou a tomar Xanax, mas "a ideia de depender de algo parecia, na minha opinião, ainda pior, porque eu pensava: 'E se eu perder esse [comprimido]? E aí? Eu vou morrer?'".

"A única coisa que eu sabia era que precisava de ajuda", acrescentou, e os médicos a ajudaram a fazer mudanças em seu estilo de vida. Ela passou a praticar ioga e meditação, a diminuir o consumo de álcool e cafeína e a parar de fumar.

Anos depois, Bündchen está compartilhando sua história. "Senti que talvez fosse a hora de compartilhar algumas das minhas vulnerabilidades, e isso me fez perceber que eu nunca mudaria tudo o que vivi. Sou o que sou por causa dessas experiências".

"As coisas podem parecer perfeitas por fora, mas você nunca sabe o que realmente está acontecendo", disse ela.

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Se você estiver lidando com pensamentos suicidas, você pode conversar com alguém do CVV pelo número 188 ou acesse www.cvv.org.br.

O Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio também fornece dados e grupos de apoio a sobreviventes, assim como a cartilha da Associação Brasileira de Psiquiatria.

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A tradução deste post (original em inglês) foi editada por Luísa Pessoa.

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