Gilberto Barros é condenado à prisão por homofobia

Decisão ainda cabe recurso.

O apresentador Gilberto Barros recebeu uma notícia não muito agradável nesta terça (16).

O Tribunal de Justiça de São Paulo o condenou a dois anos de prisão pelo crime de homofobia.

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Em 2020, durante o programa "Amigos do Leão", exibido em seu canal do YouTube, ele fez um comentário homofóbico.

"Você lembra a hora que eu acordava para trabalhar na Rádio Globo, quando cheguei a São Paulo, em 1984? Tinha que acordar às 2h30 e ainda presenciar, no lugar onde guardava o carro, beijo de língua de dois bigodes. Porque tinha uma boate gay lá na frente. Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Sou gente, gente. Naquela época ainda, imagina chegando do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente faz, apanha os dois, mas faz", disse no programa.

O jornalista William de Lucca fez uma denúncia pública sobre a fala do artista e a justiça acolheu o pedido.

A juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira proferiu a pena de dois anos de prisão. Mas por ser réu primário, e a pena ser inferior a quatro anos, ela substituiu o cárcere privado por serviços à comunidade pelo tempo da pena. Gilberto também deverá pagar cinco salários mínimos, que serão revertidos em cestas básicas para organizações sociais indicadas pe;a juíza.

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A defesa do artista diz que ele convive diariamente e que possui laços de amizade com pessoas das mais diversas orientações sexuais. Ainda endossou que o comentário não foi dirigido a uma pessoa específica e que o contexto estava numa época diferente da atual, dando a entender que sua opinião é diferente agora.

Os representantes ainda tentaram justificar o ato pelo fato de Gilberto ser descendente de italianos, e possuir "sangue italiano", o que o faria falar demais.

Os argumentos dos advogados foram rejeitados pela Comissão Especial de Discriminação em Razão de Orientação Sexual, responsável pela análise da denúncia.

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A ação não é definitiva e ainda cabe recurso.

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