7 fatos sobre Sérgio Reis que vieram à tona após um vazamento de áudio

De dívida pública a prótese peniana. Defender o Bolsonaro custou caro.

"Nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra", ameaçou Sérgio Reis em um áudio vazado. Desde então, a vida do cantor e ex-deputado que convocou atos pró-Bolsonaro, defendeu o voto impresso, atacou o Senado e o STF está sendo revirada.

Na manhã desta sexta (20), a Polícia Federal fez buscas em quatro endereços do artista, que está com 81 anos. A ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.

Reprodução/Instagram

Em nota, a PF esclareceu que o objetivo das medidas é "apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Publicidade

Desde o vazamento do áudio, no dia 14 de agosto, o cantor disse estar arrependido e deprimido – o que não impediu que sua vida pública fosse revirada. Aqui, o BuzzFeed listou 7 fatos que vieram à tona.

1. Foi revelado que o músico tem uma dívida pública de R$ 640 mil.

Reprodução/Instagram

Duas empresas em que Sérgio Reis é sócio-administrador possuem Dívida Ativa da União: Vanelli Produções Artísticas e Sérgio Reis Produções e Promoções Artísticas. As dívidas são relacionadas a FGTS atrasado, multas trabalhistas e impostos federais não pagos. A informação foi publicada pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

Publicidade

2. Artistas cancelaram suas participações no disco novo do sertanejo.

Reprodução/Instagram

Deu ruim também pro próximo álbum do cantor. Maria Rita e Guilherme Arantes, que já haviam gravado músicas que entrariam no álbum, voltaram atrás e desautorizaram a divulgação das faixas. Já o cantor e compositor Gutemberg Guarabyra (famoso pela dupla com Luiz Carlos Sá) anunciou que não irá mais colaborar com o projeto.

Publicidade

4. Ele teve shows e comerciais cancelados.

A ameaça ao STF mexeu até mesmo com o bolso do artista. “Querem me massacrar. Já estou tendo prejuízo. Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece”, ele contou ao Congresso em Foco.

5. Amigos do músico se mostraram constrangidos.

O compositor Renato Teixeira, com quem Sérgio Reis tem uma vida de parceria na música, pareceu constrangido e se posicionou sobre as polêmicas. "A democracia é um bem conquistado a duras penas. A música é uma arte democrática. Portanto, jamais usarei o meu prestígio para tentar usurpar o nosso sistema democrático", escreveu no Instagram o autor do sucesso "Romaria". 

Já Murilo Carvalho, jornalista e biógrafo de Reis, deu uma entrevista à BBC News, na qual falou sobre as ameaças feitas pelo músico ao STF: "É uma coisa totalmente sem sentido, um negócio maluco, a gente não consegue entender". 

Publicidade

6. Foi revelado também que o cantor recebeu quase R$ 400 mil em verbas de origem pública entre janeiro e setembro de 2020.

Uma reportagem do Estadão apontou que o músico recebeu R$ 398,2 mil em verbas de origem pública que são repassadas a entidades ligadas ao Sistema S, sendo elas o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). Reis teria recebido esse valor na condição de influenciador para divulgar eventos em suas redes sociais.

7. Depois de tudo isso, ele estaria deprimido e passando mal.

Reprodução/Instagram

Ângela Bavini, esposa de Sérgio Reis, contou que desde o vazamento do áudio o estado de saúde do músico não está nada bom. "Ele está muito triste e depressivo porque foi mal interpretado. Ele quer apenas ajudar a população. Está magoado demais. A diabetes dele subiu que é uma barbaridade", ela disse à Folha.

Publicidade

Veja também