Esta é a aparência das penas do rabo de um dinossauro

Sim, os dinossauros tinham penas. Nem adianta reclamar.

Esta imagem mostra as penas da cauda de um dinossauro de 99 milhões de anos, preservada em âmbar.

Royal Saskatchewan Museum / RC McKellar

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Trata-se de um fóssil de uma espécie coelurosauria, um tipo de terópode, que viveu no período Cretáceo. Muitas espécies de terópodes são conhecidas pela ciência, sendo a mais famosa a dos velociraptors (os pássaros de hoje são descendentes dos terópodes). Em geral, eles eram caçadores.

Porém, não se sabe ao certo de qual espécie é esse fóssil. Mike Benton, professor de ciências da terra na Universidade de Bristol e um dos autores do estudo em que essa descoberta foi divulgada, disse que "não há nada diagnosticável na cauda que possa dizer com certeza" a espécie do animal.

Não é a primeira vez que penas de dinossauro são encontradas. No entanto, dessa vez elas ainda estão presas ao corpo do animal (na verdade, a uma parte dele).

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Oito vértebras da cauda do dinossauro estão presas no âmbar – sugerindo que o dinossauro, provavelmente filhote, ficou preso na resina pegajosa de uma árvore.

Âmbar é uma pedra semipreciosa formada a partir da resina de árvore endurecida. Esse pedaço foi encontrado em um mercado de âmbar em Mianmar, depois de ser encontrado em uma escavação no mesmo país.

Alguns dinossauros eram enormes. Esse não era. Era minúsculo.

Lida Xing

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A imagem acima mostra parte da cauda na escala de 2mm. "O âmbar todo tem aproximadamente o tamanho de uma unha do polegar", disse Benton. "O próprio dinossauro tinha apenas alguns centímetros de comprimento."

A descoberta ajudou a entender melhor a evolução das penas.

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As penas encontradas têm ramos finos, conhecidos como barbas e bárbulas, mas nenhum eixo central resistente, ou raque, como no caso das penas dos pássaros de hoje. Os autores dizem que isso leva a crer que as barbas e bárbulas evoluíram antes da raque.

As penas dão uma ideia das cores prováveis do dinossauro – castanho na parte de cima, mais claro na parte de baixo.

Royal Saskatchewan Museum / RC McKellar

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Então, os pesquisadores acreditam que o animal pode ter sido mais ou menos assim:

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Olá, rapazinho!

E lá ele esteve, preso em um âmbar de Mianmar, por quase 100 milhões de anos.

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As imagens deste post foram retiradas de um novo estudo publicado na revista Current Biology.

Este post foi traduzido do inglês.

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