É muito deprê ver o Eric Clapton ser negacionista

E ele está enterrando a própria carreira com essas ideias zoadas.

Quem tem mais de 30 anos muito provavelmente já deu aquela emocionada ouvindo "Tears in Heaven", o hit supremo do músico Eric Clapton, 76. Mas o papo agora é bad vibes: além de virar negacionista, o que é deprimente por si só, Clapton quer colocar a vida de seus fãs em risco.

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Tudo isso porque, recentemente, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou que, a partir de setembro, casas noturnas e estabelecimentos de eventos passam a exigir o comprovante de vacinação completa dos frequentadores.

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E Clapton não só não gostou, como disse que não irá fazer shows em locais que exijam frequentadores vacinados. "Não me apresentarei em nenhum palco onde haja um público discriminado. A menos que haja providências para que todas as pessoas compareçam, eu me reservo o direito de cancelar o show", disse em entrevista à Rolling Stone. Peraí. Público DISCRIMINADO?

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O músico se apresentando em 1980.

Não é a primeira atitude negacionista do britânico. Em novembro do ano passado, ele e Van Morrison prestaram o desserviço de lançar uma música chamada "Stand and Deliver" em protesto ao isolamento social.

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"Você deixa eles botarem medo em você", traz a letra, entre outras verdadeiras bostas. "Você quer ser um homem livre ou um escravo? Você quer usar essas correntes até na hora de ir pro túmulo?", canta o músico enquanto, no clipe, um sujeito bota um tecido no rosto, como se fosse uma proteção contra o vírus. Deprimente.

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Ao ser vacinado contra a Covid, Clapton relatou ter sofridos fortes efeitos colaterais e, numa carta para um amigo, botou a culpa nas "propagandas" que diziam que o imunizante da AstraZeneca era "seguro para todos".

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Segundo o Estadão, o músico contou em uma entrevista que muitos amigos pararam de falar com ele recentemente. "Tentei entrar em contato com colegas músicos, que não me respondem mais. Meu telefone já não toca mais com frequência. Não recebo mais mensagens e e-mails", contou. Por que será?

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