Conversamos com o elenco de "The Boys" sobre o sucesso da série, Brasil e política
Eles também disseram o que esperam do futuro da série.
Buzz: Bom saber que vocês estão sendo bem tratados! Agora sobre a série: por mais louco que seja, nas redes dá pra encontrar um pessoal idolatrando os comportamentos do Capitão Pátria e do Soldier Boy, que claramente flertam com o nazismo. Mesmo o Bruto, que apesar do time dos mocinhos, faz paradas - no mínimo - questionáveis. Vocês têm medo de passar de crítica pra inspiração?
Karl: Uma coisa que aprendi como ator é que todo trabalho fundamentado em medo inevitavelmente dá errado. Então eu me entrego pra aquilo. Claro que não quero que as pessoas sigam isso, porque mesmo que eu não ache que o Bruto é mal - pra mim é um cara bom que faz coisas ruins - em alguns momentos, sem dúvida, ele é um vilão.
Antony: Mesmo pro Capitão Pátria e pro Soldier Boy, eu sinto que eles não são só personagens maus. Eles são pessoas que estão profundamente machucadas e confusas. Mas não dá pra pensar isso na vida real. Direto, no set, a gente lê as falas e ficamos em choque…
Jensen: A gente fica pensando "cara, como é que eu vou falar isso?"...
Antony: Pois é! Mas são personagens, não podemos trazer esses comportamentos pra vida real.
Buzz: Ao mesmo tempo, a política de esquerda que vocês têm, também acabou sendo uma vilã…
Claudia: No começo minha personagem era muito comparada com a Alexandria Ocasio-Cortez [famosa congressita de esquerda americana], né? Por conta do visual, dos trajeitos, das ideias… Mas acho que quando ela começou a explodir cabeças das pessoas usando a mente, traçamos uma linha (risos). Não dá mais pra comparar com ela.
Buzz: Você já conversou com ela sobre isso?
Claudia: Que nada! Quem dera! Ela é muito importante…
Buzz: Pô, erro dela, então! Já devia ter separado esse tempinho!
Claudia: Mas é isso: a inspiração acabou no fim da segunda temporada. Agora são figuras bem diferentes. Não traço mais esses paralelos!