Empresário que forneceu transporte para bolsonaristas irem à Brasília recebeu fundo eleitoral e não declarou
Vem ver algumas evidências que investigamos.
O Empresário Maurício Nogueira Dias, de Franca (interior de São Paulo) e aliado de Carla Zambelli, forneceu ônibus para transporte de bolsonaristas para Brasília em 8 de janeiro de 2023 - o que resultou na destruição de prédios públicos dos três poderes - segundo apuração da revista Fórum.
Acontece que ele recebeu R$ 30 mil do fundo partidário para a campanha eleitoral de 2022 e não declarou qualquer despesa.
Tá, mas onde foram parar os 30 mil reais recebidos por Maurício Nogueira Dias, candidato derrotado a Deputado Estadual de SP?
Reprodução/Facebook
Alguns dos fatos foram revelados por Plínio Teodoro da Revista Fórum. Mas parece que não se falou ainda da receita dele, vinda exclusivamente de fundos recebidos do partido, 30 mil em 2 TEDs.
Imagem retirada do TSE
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Detalhamento dos 2 TEDs recebidos por Mauricio Nogueira Dias.
Ele também recebeu uns R$ 15 mil em adesivos, santinhos etc. do diretório estadual do Republicanos, que segundo o jornalista Plínio Teodoro, da Revista Fórum, teria o expulsado depois dos atos de 8 de janeiro de 2023.
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Maurício não tinha registrado nenhuma despesa até 12 de janeiro de 2023, ou pelo menos o TSE não divulgou nada no site.
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O Ministro Alexandre de Moraes determinou a apreensão do seguinte veículo da empresa de Maurício Nogueira Dias. Fonte: G1
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A empresa proprietária do veículo era da mãe de Maurício até 18/jun/18. A partir de então, é dele, mesmo não estando registrado assim no site do TSE. Fonte: Junta Comercial do Estado de São Paulo.
Até então, mas só por 6 meses oficialmente, Maurício e a (nova) esposa atuavam como procuradores da empresa. Fonte: Junta Comercial do Estado de São Paulo.
Em paralelo, Maurício desde 2012 já tinha se estabelecido como empresário do setor sob outra inscrição no CNPJ, ainda ativa na Receita Federal.
Também em paralelo, a aparentemente ex-esposa de Maurício tocava um negócio de representação e agência de turismo (CNPJ encerrado em 2018), bem como eles eram sócios de uma empresa de cosméticos que fechou em 2016.
Até 2017 parece que os negócios do Maurício iam OK. Ele até alugou uma área de 750 m2 em Franca, onde começaram a funcionar dois dos negócios dele, inscritos em diferentes CNPJs.
Em atitude nada patriótica, a empresa do Maurício deixou de pagar o IPTU da área locada... causando uma ação de execução fiscal contra a proprietária, uma professora.
Em 2021, depois de várias tentativas de citação do Maurício e nova esposa, finalmente fizeram um acordo para pagar em várias parcelas indenização e IPTU.
E também para desocupar a área, que, aliás, continua sendo o endereço registrado dos dois CNPJs do Maurício na Receita Federal.
Na ação de despejo há um dado curioso: uma referência a um endereço que seria o da sede de uma das empresas do Maurício, aquela que ele registrou em 2012. Esta é uma foto do lugar em 2022:
Imagem Google Maps
Outro dado relevante: a esposa dele, Aline Mendonça de Campos Dias, recebeu auxílio emergencial durante a pandemia.
Fonte: Portal da Transparência