Elliot Page falou sobre sua disforia de gênero quando rejeitou fazer um filme no qual usaria vestido
"Eu me sentia desanimado, preso em um disfarce sombrio - uma concha vazia e sem rumo."
Atenção: este post menciona ideação suicida.
O livro de memórias do Elliot Page, "Pageboy", foi lançado e contém algumas revelações importantes sobre a trajetória do ator.
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Em seu livro, ele relata que já ficou com colegas de elenco, foi xingado por uma celebridade conhecida por ser "idiota" e muito mais. Elliot também conta que realmente recusou atuar em um filme de época.
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Isso aconteceu antes de Elliot se assumir como parte da comunidade LGBTQIAP+ e logo após encerrar as gravações de "Juno" - filme pelo qual o ator foi indicado ao Oscar.
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"Após a temporada de premiações, eu deveria fazer um filme na Inglaterra. Era baseado em um livro famoso e fui contratado como o personagem principal - um papel muito desejado", ele escreveu. E embora sua equipe estivesse empolgada com a oportunidade prestigiosa, Elliot disse que não se sentia à vontade para assumir o papel.
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"Eu me imaginava de figurino, como uma mulher de meados do século XIX", Elliot escreveu. "O vestido, os sapatos, o cabelo, passaram diante dos meus olhos. Foi demais para mim depois de colocar uma máscara para a temporada de premiações."
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Elliot foi sincero em seu livro, e em sua entrevista para Oprah, onde falou sobre como sua disforia de gênero foi traumática, principalmente durante a turnê de imprensa para "A Origem". "Tinham tantos eventos de imprensa, tantas estreias no mundo todo", o ator disse. "Eu usava vestidos e saltos em praticamente todos os eventos."
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De acordo com o WebMD, "a disforia de gênero é uma condição que causa angústia e desconforto quando o gênero com o qual você se identifica entra em conflito com o sexo que lhe foi atribuído durante seu nascimento. Você pode ter sido designado como masculino no nascimento, mas sente que é feminino, ou vice-versa, ou mesmo não-binário."
Quanto ao drama de época, Elliot disse que não conseguiria participar do projeto. "Eu entendi que se eu fizesse o filme, eu iria querer me matar."
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"Eu não podia fazer um papel na tela quando o papel que eu representava em minha vida pessoal já estava me sufocando. Eu me esforcei para dissipar a verdade por medo de ser banido, mas me sentia desanimado, preso em um disfarce sombrio. Um concha vazia e sem rumo", Elliot escreveu. "Acabei desistindo do filme."
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Que bom que o Elliot conseguiu encontrar as forças para proteger sua saúde mental e emocional!
O livro do ator já está disponível para compra.
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