Sumiço de indigenista e jornalista inglês mobiliza o Brasil – mas não o governo Bolsonaro
Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips estão desaparecidos desde o último domingo.
O sumiço ocorreu quando eles faziam o trajeto, pelo rio, entre a comunidade ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte em uma embarcação. De acordo com o jornal The Guardian, Dom Phillips está escrevendo um livro sobre conservação a floresta.


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Bruno Pereira é considerado um dos indigenistas – profissional especializado no estudo dos povos indígenas – mais experientes da Funai. No Vale do Javari, já atuou como coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte e coordenador-geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Funai.


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Por essa atuação, Araújo virou alvo constante de ameaças por parte de invasores na região, pescadores, garimpeiros, madeireiros ilegais e traficantes.
Nesta terça (7), o Estadão revelou um bilhete apócrifo com ameaças à vida de Bruno. "Sei quem são vocês e vamos achar pra acertar as contas”, diz um trecho do bilhete, com a grafia corrigida (veja a íntegra abaixo). “Sei que quem é contra nós é o Beto Índio, e o Bruno da Funai é quem manda os índios irem prender nossos motores e tomar os nossos peixes. (...) Se querem dar prejuízo, melhor se aprontarem. Está avisado”, diz o texto.


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Já Dom Phillips, que mora no Brasil desde 2007, atua como jornalista freelancer. Ele faz coberturas sobre meio ambiente para diversos veículos — atualmente, é colaborador do jornal britânico The Guardian e bolsista da Alicia Patterson Foundation e 2021 Cissy Patterson Environmental Fellow.


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