Depois de seis meses, finalmente começa nesta quarta a CPI da Merenda
Polícia e Ministério Público já investigam o caso desde janeiro, mas deputados só aprovaram a CPI no mês passado e levaram quase trinta dias para instalar a comissão.
Quase um mês depois de decidir pela criação da CPI que vai investigar o superfaturamento na compra de alimentos para a merenda nas escolas de São Paulo, os deputados paulistas se reúnem pela primeira vez nesta quarta-feira (22) para eleger quem vai presidir as sessões da Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa.
Alesp
Considerada "chapa branca" porque será controlada pela bancada governista, a CPI só foi criada depois que estudantes ocuparam escolas e o plenário da Assembleia de SP.
Para colocar a CPI em funcionamento, ela teve de ser aprovada em caráter de emergência, porque já tem cinco em andamento. Uma delas é até sobre a obesidade infantil.
Veja a cronologia do caso:
Janeiro:
Polícia e Ministério Público deflagram a operação Alba Branca para desbaratar um esquema de superfaturamento na compra de alimentos da merenda escolar do governo de São Paulo. No centro das denúncias, o presidente da Assembleia, o tucano Fernando Capez, que nega ter cometido os crimes.
Rovena Rosa/Agência Brasil
Abril:
Começa a ocupação de escolas de ensino médio e técnicas contra a chamada máfia da merenda e pela melhoria da qualidade da alimentação servida na rede pública estadual. A desocupação foi marcada por confronto policial.
Rovena Rosa/Agência Brasil
Maio (dia 3):
Cerca de 70 estudantes ocupam o plenário da Assembleia para reivindicar a CPI da Merenda, pedida pela bancada de oposição (PT, PSOL e PCdoB). A invasão dura três dias.
Rovena Rosa/Agência Brasil