Algumas coisas para saber sobre o novo filme de Pedro Almodóvar, "Estranha Forma de Vida"

O faroeste gay voltou com tudo!

Tem filme novo do diretor espanhol icônico Pedro Almodóvar chegando aos cinemas nesta quinta (14). Assista ao trailer de "Estranha Forma de Vida" e depois confira curiosidades da obra.

"Estranha Forma de Vida" é o segundo filme de curta duração (tem 30 minutos) de Pedro Almodóvar, e segundo trabalho dele em língua inglesa, depois de "A Voz Humana" (2020), também um média-metragem. Longas, o diretor acumula 22 produções, lançadas desde os anos 80.

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 O tema principal da história, Almodóvar define, em uma entrevista exibida nos cinemas após o filme, como "a  estranheza das pessoas que vivem de costas para os próprios desejos". Ele diz que "tudo começou com um diálogo entre dois amantes, um deles sentimental e outro negando a noite de prazer que tiveram juntos". Para ficar mais interessante, o diretor tornou os personagens caubóis.

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 A trama mostra o reencontro, depois de 25 anos separados, de Jake (Ethan Hawke), o xerife de Bitter Creek, e Silva (Pedro Pascal), um rancheiro que tem outros motivos para voltar à cidade, além de rever o antigo amante.

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"Não é comum ver dois homens falando sobre desejo depois dos 50", Almodóvar diz, sobre a escolha da faixa etária dos personagens. "Sempre imaginam homens jovens, com um corpo musculoso,  mas há vida depois dos 50 e as pessoas continuam amando". 

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A ambientação e estética do filme são inspiradas nos filmes clássicos americanos de faroeste. Almodóvar define esse gênero como "moral e maniqueísta", e lembra que "o faroeste nunca abordou o desejo de dois homens". 

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O filme foi feito no deserto de Tabernas, na Espanha, uma região conhecida como "o velho oeste europeu". Lá foram filmados clássicos como "Lawrence da Arábia" (1962), "Por um Punhado de Dólares" (64), "Indiana Jones e a Última Cruzada" (89), entre outros, e alguns sets originais foram mantidos no local. "Os atores se sentiram mais dentro do gênero filmando no deserto", Almodóvar explica. 

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Apesar da imagem do bumbum de Pedro Pascal, que viralizou, não há mais nada muito ousado. "Não queria mostrar o sexo, mas o que há depois disso. Sexo mostrei em 'A Lei do Desejo' (1987), já paguei essa dívida", o diretor brinca. "O filme tem outra maneira de retratar tensão sexual e o erótico. As palavras estão nuas, e essa nudez é tão erótica quanto o corpo nu".

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As famosas "cores de Almodóvar", principalmente os tons vibrantes de vermelho, estão presentes no filme nos figurinos de Pedro Pascal. Ele é o homem latino passional, em contraponto com a dureza do personagem de Ethan Hawke, que usa cores sóbrias. Os figurinos são da Saint Laurent, desenhados por Anthony Vaccarello, também produtor associado do projeto.

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Almodóvar nega que o filme possa vir a ser um longa ou ter uma continuação, mas revela já ter pensado em como a história segue. "Não escrevi, mas imaginei", ele diz, e revela o que viria pela frente. Sem spoilers, pode-se dizer que teríamos mais tiros, mortes e um desfecho dramático para os amantes. 

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