Conheça alguns dos brasileiros que foram vítimas dos ataques em Paris

A maioria estava no Petit Cambodge, o restaurante que foi um dos alvos do ataque, e um deles estava no Bataclan.

O professor da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em SP) José Lira estava presente no Petit Cambodge, restaurante que foi alvo dos ataques terroristas a Paris na noite de sexta.

Ele escreveu um depoimento bem completo e emocionado sobre como foram os acontecimentos daquela noite no local, em que 14 pessoas morreram e inúmeras ficaram feridas, entre elas dois brasileiros.

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"O fato é que não consigo esquecer o olhar frágil mas sereno das vítimas ao meu lado ontem à noite", escreveu ele em seu perfil no Facebook.

"Não sabia pra onde olhar, pessoas pelo chão, grupos de amigos consolando os seus feridos, pessoas chorando, algumas pessoas já mortas sozinhas, outras quase morrendo", descreve José no depoimento.

Procurávamos os nossos amigos. Vi uma delas ao chão apoiada por seu amigo francês, também muito ensanguentado. Aproximei-me dela. Uma jovem linda, um corpo pequeno, uma pele fina, bastante ferida, que me dizia serena em português, "eu preciso sair daqui, preciso ir para um hospital".

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Clique aqui para ler o depoimento na íntegra no Facebook.

O professor José Lira estava acompanhado de outros brasileiros no restaurante. Um dele é Gabriel Sepe, 29, arquiteto também da FAU, um dos brasileiros feridos pelos disparos.

Gabriel foi atingido por três tiros nas costas, mas passa bem e seu estado é estável, segundo o G1.

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Também estava no grupo Guilherme Pianca, estudante da FAU.

Em agosto, Gabriel postou uma imagem marcando Guilherme. A foto mostra dois jovens arquitetos que mais tarde se tornariam famosos, Ábalos e Herreros, no telhado da Catedral de Notre Dame, em Paris, durante uma viagem de pesquisa sobre Le Corbusier.

Guilherme compartilhou essa imagem no dia 9 de novembro, quatro dias antes dos ataques.

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A outra brasileira ferida foi Camila Issa, psicóloga que faz mestrado pela Universidade Paris 7.

Camila também passa bem e está fora de perigo, segundo o G1.

O estudante da FAU Diego Mauro, de Salvador, também estava no Petit Cambodge.

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Diego postou um aviso em seu Facebook na tarde do sábado para tranquilizar os amigos preocupados.

Segundo uma reportagem exibida ontem pelo Fantástico, um terceiro brasileiro foi ferido nos ataques. Ele estava no Bataclan, foi socorrido e passa bem. Ouça o depoimento dele em áudio, cedido para o Fantástico, na reportagem do programa.

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Curiosamente, o último post do professor José Lira em seu Facebook, antes do depoimento sobre o atentado, é justamente a divulgação de um abaixo-assinado pela perícia das barragens de Congonhas, em Minas Gerais.

O abaixo-assinado foi criado para que o Ministério Público exija vistoria rigorosa em outras barragens do estado de Minas, evitando uma repetição da tragédia ocorrida em Mariana.

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