Coisas que podemos aprender ao namorar alguém de outro país

Quem conta é o casal formado pela brasileira Nicoly França e o angolano Yuran Tinta.

Para comemorar o Dia dos Namorados, fomos atrás de saber o que um casal formado por pessoas de países – e continentes – diferentes tem a dizer sobre uma relação intercultural.

Com vocês, a brasileira Nicoly França (30) e o angolano Yuran Tinta (28). Dois cancerianos, que moram em São Paulo e amam conhecer lugares diferentes juntos, cozinhar, compartilhar peças do guarda-roupa e fofocar.

Reprodução/Instagram

Eles são criadores de conteúdo sobre moda, lifestyle, cultura e bem-estar. Yuran é formado em Relações Internacionais e apaixonado por moda e comunicação. Nicoly é formada em Jornalismo e MBA em Marketing e é produtora de conteúdo digital.

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Abaixo, coisas que podemos aprender quando estamos num relacionamento intercultural, segundo o casal:

Conhecer novos sabores sem sair de casa:

A culinária é um aspecto importante da relação, que aproxima o casal e faz com que os dois aprendam coisas novas a cada refeição e mantenham-se conectados a suas próprias raízes. Os pratos dos dois países têm algumas bases diferentes: por exemplo, em Angola, há muita comida com peixe. "O prato mais famoso é o funge, feito com fubá de milho branco ou fubá de mandioca. Ele pode ser acompanhado com o calulu, que é um molho à base de dendê com peixe e diversas verduras locais", conta Yuran, que gosta de fazer esses pratos em casa e também para amigos, para disseminar a cultura angolana entre os brasileiros. Nicoly, que é do Paraná, também traz uma pouco dessa cultura, fazendo pratos como o pinhão cozido.

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Aprender novas expressões, ainda que vocês falem a mesma língua:

Os dois falam o idioma português, porém em cada país há gírias bem diferentes. Recentemente, o casal lançou uma série de vídeos onde mostra expressões angolanas usadas no dia a dia pela dupla. "A gente aprende muito um com o outro com essas expressões diferentes, e o nosso público também está gostando de ver essa dinâmica", diz Nicoly. Alguns exemplos de gírias angolanas: "tá gato" = tá ruim, "bwe" = muito, "fobado" = com fome, "fixe" = bom, legal, "kumbu" = dinheiro.

Vivenciar trocas culturais a todo momento:

"As culturas dos dois países são muito diferentes e, com certeza, essa troca é desafiadora! Cada um faz uma imersão na cultura do outro constantemente", afirma Yuran, que mora no Brasil há 10 anos.

Para o ano que vem, os dois planejam uma viagem para Angola. Essas trocas culturais, além de interessantes, geram a oportunidade de os dois terem amigos provenientes de ambos os países.

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Respeito ao diferente:

Se namorar com alguém da mesma cultura, por vezes, não é tarefa fácil, imagine, então, com alguém que foi criado e ensinado de maneira totalmente diferente da sua em termos culturais.

"Não é tão simples, no início do nosso relacionamento nós dois precisamos entender o jeito de cada um, os costumes e as particularidades. Mas a gente sempre se tratou com muito respeito e com bastante paciência e compreensão para entender a cultura do outro", diz Nicoly.

"Num primeiro momento, não é fácil entender alguns aspectos da cultura da outra pessoa. Mas com conversa e respeito, é possível compreender as diferenças e aprender com elas, ao invés de ter conflitos", complementa Yuran.

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