10 coisas que aconteceram desde que Rihanna deu ao mundo seu último álbum

Várias desses coisas foi a própria cantora quem fez acontecer!

Passaram-se 2572 dias desde que o mundo foi agraciado por um álbum da Rihanna pela última vez. São 7 anos desde seu mais recente grande projeto musical em forma de álbum - o disco "ANTI" - até a data de publicação deste artigo. A cantora, e agora empresária bilionária, retornou aos palcos no Super Bowl Halftime Show sob a expectativa de nova música, álbum e turnê - e entregou, além de um super espetáculo, que vai ter outro bebê.

Mas o mundo mudou muito desde "ANTI", então, separamos uma lista com alguns eventos que te farão perceber quanto tempo passou durante este hiato da carreira da cantora. 

1. Donald Trump foi eleito presidente dos EUA.

Getty Images

Em 2016, a eleição de Donald Trump evidenciou uma nova forma de populismo impulsionado por declarações falsas e discursos de ódio nas redes sociais, além da ascensão da extrema-direita como um movimento global. Em 2021, ele foi derrotado por Joe Biden. O que nos leva a…

Publicidade

2. Tivemos quatro presidentes da República e um impeachment.

Getty Images

Sim: Dilma Rousseff, tirada do poder e substituída por Michel Temer, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. 

3. O mercado de maquiagem sofreu uma revolução. E foi Rihanna que a causou!

Getty Images

Uma mulher negra, rica e famosa, com acesso às melhores marcas de beleza, ainda sentia falta de produtos não só para sua pele, mas para a de muitas outras pessoas. Foi desse insight que surgiu a Fenty Beauty, revolucionando o mercado de beleza lançando de uma só vez 40 tons de base (hoje são 50!), buscando contemplar nossa diversidade racial, principalmente com tons mais escuros, em escassez no mercado. Atualmente, é impossível lançar uma linha de maquiagem sem que o consumidor questione o número de tons disponíveis. O valor do negócio foi estimado pela Forbes em US$ 2,8 bilhões (R$ 14,6 bilhões, na cotação atual).

Publicidade

4. Sobrevivemos a uma pandemia.

Getty Images

A pior crise sanitária da história recente levou a óbito 6,9 milhões de pessoas (quase 700 mil só no Brasil), nos fez enfrentar nossos maiores medos, pensarmos mais em autocuidado, dobrar a atenção contra discursos negacionistas, valorizar ainda mais a atividade científica, o SUS e a importância da vacina. Passamos pelo uso de máscaras caseiras, de marcas de meia, PFF2, álcool em gel e muitas lives, que mudaram nosso comportamento na internet. O que nos leva a…

5. A explosão do TikTok.

Milhões de pessoas isoladas em casa precisando cada vez mais de conteúdo com que se entreter e se conectar levaram à explosão do TikTok e do formato de vídeos curtos na internet. A rede social deixou de ser apenas um aplicativo de dancinhas (nada contra, acho ótimo) e passou a agregar todo tipo de conteúdo, acumulando 1 bilhão de usuários ativos mensais. A explosão também causou o fenômeno (na minha opinião, negativo) das músicas cada vez mais pensadas na forma de viralizar: curtas, repetitivas e cada vez mais descartáveis. Rihanna, queremos conceito na nova era!

Publicidade

6. #MeToo e #BlackLivesMatter.

Getty Images

Há quem menospreze o poder do ativismo digital, mas os movimentos #MeToo, responsável pela denúncia de abusos contra mulheres, que causou o declínio e prisão de Harvey Westein, e o #BlackLivesMatter, ativo desde 2013 mas em evidência após os protestos denunciando o caso George Floyd, provaram que a força das redes é capaz de dar visibilidade a assuntos importantes, pautar as discussões incômodas e deixadas de lado e impactar positivamente a sociedade. O que inspirou o…

7. #FreeBritney

Getty Images

Um movimento espontâneo de fãs de Britney Spears para libertá-la da tutela abusiva imposta desde 2008 levou o New York Times a produzir um documentário sobre o tema, voltando a atenção do público para o caso. Amor de fãs, ativismo e jornalismo tornaram o que era visto apenas como uma teoria da conspiração como um caso importante na defesa de direitos humanos, das mulheres e de pessoas neuroatípicas. Após 13 anos de batalhas judiciais, reportagens, documentários e o apoio de fãs e outras celebridades, Britney foi libertada da custódia de seu pai, em 2021. 

Publicidade

8. BREXIT!

Getty Images

Se por um lado as redes podem levar causas importantes ao debate, por outro podem causar efeitos desastrosos, com usos pouco republicanos, como no caso de Trump, Bolsonaro e do Brexit. A votação a favor da saída do Reino Unido da União Europeia já é considerado um dos maiores tiros no pé da história política e tem participação direta do uso dos algoritmos pela Cambridge Analytica (assista "Privacidade Hackeada" na Netflix), pondo as big tech contra a parede sobre o uso de nossos dados.

9. Barbados tornou-se uma república e “trocou” uma rainha por outra.

Getty Images

Acredite se quiser: Barbados, ilha caribenha onde Rihanna nasceu, até pouco tempo ainda tinha como chefe de Estado a Coroa Britânica. Ainda que independente do Reino Unido desde 1966, era a Rainha Elizabeth II quem decidia, por exemplo, a nomeação de diplomatas e embaixadores, um resquício assombroso do passado colonial. Isso mudou definitivamente em novembro de 2021, com a transição definitiva para a república. E um dos primeiros atos da nova república foi conceder a Rihanna o título de heroína nacional. "Que você continue a brilhar como um diamante e a honrar sua nação com suas palavras, suas ações e dar crédito aonde quer que você vá", escreveu Sandra Mason, a presidente de Barbados (na foto com a cantora), para Rihanna.

Publicidade

10. A percepção de beleza mudou - e os desfiles de moda televisionados também!

Getty Images

Um elenco de top models com corpos magérrimos, de ampla maioria branca, várias delas brasileiras, desfilando de lingerie e asas nas costas ao som do cantor pop do momento vendendo ao imaginário popular “o que é sexy”. Além das campanhas vendendo padrões de beleza inalcançáveis em um momento onde as mulheres defendem firmemente a liberdade de seus corpos. Era evidente para todos, menos para os diretos da marca (homens), que o conceito estava datado e quem não se atualiza fica para trás. Dito e feito: o Victoria’s Secret Fashion Show foi cancelado pela primeira vez em 2019, evidenciando a crise de marketing ao não saber lidar com as demandas da nova geração.

Mas o problema em si não é sentir-se sexy, nem o formato do programa. Então Rihanna, fundadora da Savage X Fenty, marca de moda íntima inclusiva aos moldes da Fenty Beauty, lançou o Savage X Fashion Show. Em sua terceira edição, o evento transmitido pela Prime Video traz tudo que havia no Victoria’s Secret Fashion Show em uma escala maior, melhor, mais inclusiva. Há espaço para essoas negras, gordas, trans, LGBTQIA+, provando que a sensualidade e o desejo são subjetivos e não se limitam a um corpo específico ou a visão de um CEO ultrapassado. 

Veja também