Cigarros eletrônicos estão em alta entre os jovens e isso é motivo de preocupação para os especialistas

Uma a cada cinco pessoas de 18 a 24 anos faz uso desses dispositivos no Brasil.

Moda entre os jovens, os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil desde 2009. A importação, comercialização e propaganda desse tipo de produto é desautorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas a fiscalização não é realmente feita?

Yaroslav Litun/Getty Images

Ao que parece, não, já que os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) são comuns das portas de balada às saídas de escolas.

Ou seja, a regra do País não impede que milhares de brasileiros se viciem nesses dispositivos. Muitos deles com a crença de que cigarros eletrônicos são menos agressivos do que os tradicionais. O que não é verdade!

De acordo com o relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), divulgado na quarta-feira (27), um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. Isso equivale a 19,7% da população nesta faixa etária.

Alyssa Langella / EyeEm/ via Getty Images

Essa é a primeira vez que o relatório Covitel reúne dados referentes ao uso de cigarros eletrônicos no País. A pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

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O consumo é maior entre homens (10,1%) do que entre mulheres (4,8%). A região em que os jovens mais fumam cigarros eletrônicos no País é a Centro-Oeste (11,2%).

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Em relação à escolaridade, a pesquisa mostra que entre as pessoas que têm entre 9 e 11 anos de estudo, o consumo de cigarro eletrônico é maior (10,5%), seguido por aqueles que têm entre 12 ou mais anos de estudo (8,4%).

Em relação ao consumo de cigarros, a pesquisa traz uma comparação entre o período pré-pandemia e o primeiro trimestre deste ano. Segundo a Covitel, o porcentual de brasileiros tabagistas passou de 14,2% para 12,2% no período. 

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A queda está dentro do intervalo de confiança da pesquisa, portanto, é considerada como estável.

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Atualmente, a Anvisa está em fase de elaboração de seu posicionamento quanto à liberação dos dispositivos eletrônicos. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) já se posicionou "veemente contra a liberação", além de cobrar "medidas mais rigorosas para fiscalização e punição" de quem violar as regras.

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"Vemos com preocupação o aumento do uso desenfreado desses dispositivos, em especial entre os nossos jovens", diz posicionamento da SBPT.

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