Bolsonaro muda discurso e diz que não sabe se há corrupção no governo, tá ok?

Ora, ora, ora...

"Não vou dizer que meu governo não tem corrupção", diz Bolsonaro.

Reprodução/Youtube

"Não vou dizer que meu governo não tem corrupção, porque a gente não sabe o que acontece, muitas vezes. Mas se tiver qualquer problema no meu governo, a gente vai investigar isso”, disse na conversa. O assunto foi iniciado pelo próprio Bolsonaro, que ainda disse que não pode “dar conta de mais de 20 mil servidores comissionados” e "ministério com 300 mil funcionários”. A grande maioria são pessoas honestas, tá ok?”, acrescentou.

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Bolsonaro costumava dizer que com certeza que não havia corrupção no governo.

UN Photo/Cia Pak

Em diversas ocasiões desde que assumiu o governo, Bolsonaro afirmou que não havia corrupção em sua gestão. "Estamos com dois anos e meio do início do nosso governo, sem uma mácula sequer sobre corrupção", disse em julho, durante evento no Planalto. Em setembro, durante seu discurso na ONU, Bolsonaro já havia flexibilizado o discurso. "Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção", disse.

"Eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo."

No ano passado, Bolsonaro foi ainda mais incisivo e chegou a dizer que acabou com a Lava Jato por não haver corrupção em seu mandato. "É um orgulho, uma satisfação que eu tenho dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação", afirmou em discurso no Palácio do Planalto.

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Três casos para refrescar a memória...

Reprodução/Twitter

Vale lembrar aqui que o ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, novo partido de Bolsonaro, foi preso e condenado no esquema do mensalão. Além disso, o filho mais velho do presidente, o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) é suspeito de manter um esquema de rachadinhas em seu gabinete na Alerj, no período em que foi deputado estadual. Por fim, o próprio Bolsonaro tem um inquérito aberto contra ele no STF por suposto crime de prevaricação no caso Covaxin, revelado durante a CPI da Covid.

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