Bolsonaro usa Flow Podcast para mentir sobre pandemia, eleições, urnas eletrônicas e muito mais
Listamos 5 informações falsas contadas por ele, mas teve muito mais que isso.
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) repetiu diversas mentiras e informações falsas duranta sua participação de mais de cinco horas no Flow Podcast, na noite de segunda-feira (8).
Reprodução/Youtube
Na conversa com o apresentador Igor 3k, Bolsonaro deu informações falsas sobre temas como pandemia, ditadura militar e eleição de 2018. O presidente também voltou a defender a cloroquina, questionar a vacina contra a covid-19 e contestar a segurança das urnas eletrônicas.
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As mentiras contadas por Bolsonaro tornam-se ainda mais perigosas se considerarmos a audiência do programa, que bateu recorde de acessos simultâneos, tendo sido acompanhado por mais de 570 mil pessoas ao vivo. Ao todo foram mais de 5 milhões de espectadores.
Abaixo, separamos algumas mentiras contadas por Bolsonaro ao Flow Podcast:
2. "Tiraram de mim o poder de conduzir essas medidas [de isolamento] na pandemia", disse Bolsonaro sobre decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Essa é uma mentira repetida por Bolsonaro desde 2020. O Supremo não retirou do presidente o poder de conduzir ações para controlar a pandemia da Covid-19. Na verdade, o STF decidiu que a União não poderia invadir as competências de municípios e de Estados. A decisão da Corte afirma que é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia.
3. "O Pix foi o meu governo que criou", afirmou Bolsonaro.
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O governo Bolsonaro não é criador do PIX. Apesar de a ferramenta ter começado a operar em 2020, a criação do sistema de transferência de dinheiro começou em 2018, durante o governo Michel Temer (MDB).
4. "Um partido pequeno, sete segundos de televisão, sem Fundo Partidário", disse Bolsonaro sobre as condições que o fizeram ser eleito em 2018.
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Não é verdade que o PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito nas eleições de 2018, não tinha acesso ao Fundo Partidário.
O PSL recebeu R$ 9.203.060,51 de Fundo Especial de Financiamento de Campanha, de acordo com dados do TSE. Do total, cerca de R$ 480 mil foram usados para executar a estratégia de atuação do PSL nas redes sociais, segundo O Globo, o que beneficiou Bolsonaro indiretamente.
Os valores recebidos por cada partido podem ser consultado aqui.