Bolsonaro age, mais uma vez, como se o governo fosse seu quintal
Até obra na cidade do sogro ele mandou fazer.
O presidente Jair Bolsonaro fez questão de anunciar, na quarta-feira (15), que demitiu servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) após receber reclamações do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, sobre a paralisação de uma obra em Rio Grande (RS), após um objeto arqueológico ser encontrado.
Isac Nóbrega/PR
O caso ocorreu em 2019. No ano passado, em entrevista à Veja, Hang negou que tenha pedido para Bolsonaro interceder no caso. Segundo ele, a obra foi retomada 40 dias após a paralisação.
Alan dos Santos/PR
"Não pedi nada ao presidente! Zero, zero! Ele deve ter visto nas minhas redes sociais. Eu sou ativista político, mas não peço favor para mim. Minha principal bandeira é a desburocratização, a redução da burocracia, que é a mãe da propina, da corrupção, do calvário de todo empresário brasileiro", disse.
A lista, é claro, não acaba aqui. Inclui ainda as denúncias de que Bolsonaro teria interferido na Polícia Federal para e evitar que familiares e amigos seus fossem "prejudicados"por investigações em curso.
Marcos Correa/PR
“Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira”, disse o presidente na já famosa reunião ministerial de 22 de abril de 2020.