Autor de ataque contra Ludmilla diz que veio de "família de negros"

Indiciado por crime de injúria racial, homem de 31 anos diz que é fã da cantora e escuta as músicas dela na academia.

Helder dos Santos Santana, de 31 anos, apresentou-se nesta terça (24) à Polícia Civil do Rio e assumiu a autoria dos ataques racistas contra a cantora pop Ludmilla. Para se defender, ele afirmou à polícia que não era racista porque tem origens em uma "família de negros", conforme fontes com conhecimento do caso informaram ao BuzzFeed Brasil.

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Santana disse que estava "arrependido" de ter dirigido a ela insultos raciais no Instagram.

No depoimento que durou duas horas, Santana disse que passou a dirigir injúrias racistas a Ludmilla por se sentir ignorado pela cantora.

Os ataques começaram depois que ela decidiu pintar o seu cabelo de cinza e postou uma foto no Instagram. À polícia ele se disse fã de Ludmilla e costumar malhar numa academia ouvindo as músicas dela em fones de ouvido.

Instagram

Santana apagou sua conta no Instagram após a cantora ter reagido aos seus insultos racistas.

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Na segunda (23), Ludmilla finalmente respondeu pela primeira vez aos ataques: disse na rede social que tinha virado "questão de honra" fazê-lo pagar pelo crime racista. E então procurou a polícia.

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Ao final do depoimento, ele foi indiciado pelo crime de injúria racial (pena de 1 a 3 anos de prisão).

Responsável pelo inquérito, o delegado Alessandro Thiers já encaminhou os autos para o Ministério Público, que vai decidir se denuncia (acusa formalmente) ou não Santana pelo crime.

Esta não é a primeira encrenca de Santana com as autoridades. Ele já é réu por tentativa de homicídio.

De acordo com os autos que estão na 3ª Vara Criminal do Rio, ele trabalhava como segurança de uma boate no Rio e foi acusado de ter atirado contra uma pessoa.

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

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