Atores do "Choque de Cultura" discutiram preconceito e transfobia com o "Pânico"
"Eu acho muito merda usar de humor pra perpetuar preconceito, sacou?"
Eles discutiram principalmente os comentários transfóbicos de Rubens Ewald Filho na TNT. Depois o apresentador Emílio chamou a atriz de Daniela Vegas de "um rapaz" e "um travesti" e o Leandro Ramos, que faz o Julinho no "Choque de Cultura", o corrigiu.
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"É uma mulher trans".
"Não importa o nome. Os cara muda o nome toda hora".
Depois de mais comentários transfóbicos de alguns dos apresentadores, Leandro insistiu na forma correta identificá-la.
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"Se ofende, não custa nada chamar pelo nome que ela quer ser chamada".
Em seguida, o Raul Chequer, que faz o Maurílio no "Choque de Cultura", lembrou que alguns termos são ligados à marginalização de algumas pessoas.
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"Alguns termos estão muito ligados à marginalização dessas pessoas, então acho que daí vem a tentativa de mudança".
Em seguida ele deu um exemplo sobre como as pessoas chamavam os negros antigamente, o Carioca do Pânico falou que tudo isso é crime, e o Raul lembrou que toda discriminação é crime.
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"Referente a como chamavam os negros há 30, 40 anos atrás. Ninguém teria coragem de dizer isso aqui".
"Até porque é crime, né? É tipificado como crime. Aí você tá falando de crime".
"Sim, é crime. Exatamente. Qualquer tipo de discriminação é crime, né amigo?".
Depois eles resolveram falar sobre o humor em geral, Leandro Ramos disse "a gente tem o cuidado de não ofender ninguém" e o Carioca foi categórico em mostrar que a opinião dele é bem diferente.
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"Humor sempre ofende alguém. Alguém tem que se ofender".
"Não, não é assim, cara. Eu não acredito nisso".
Então o Raul explicou o posicionamento do "Choque de Cultura" em relação ao humor e preconceitos.
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"Eu acho muito merda usar de humor pra perpetuar preconceito, sacou?".