Apaixonado por super-heróis, Seth Rogen diz que produziu a série "The Boys" porque os filmes da Marvel "são para crianças"

O ator e produtor disse também que a Marvel não faz filmes pensando nos leitores de quadrinhos.

Seth Rogen, conhecido por atuar em comédias como "Vizinhos"(2014) e "Minha Mãe é uma Viagem" (2012), é super fã de quadrinhos, e disse o que pensa de filmes de super-herói.

Closeup of Seth Rogen
Closeup of Seth Rogen

Steve Granitz / FilmMagic

Em entrevista à revista norte-americana Total Film magazine, Seth contou como seu amor por quadrinhos o levou a produzir a série "The Boys" (foto abaixo, da Amazon Prime Video) junto com seu colaborador de longa data, Evan Goldberg.

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"Uma das primeiras coisas que nos conectou foi nosso amor por quadrinhos. Eu ainda tenho todos os meus quadrinhos de quando eu era criança. Eu visitava a loja de quadrinhos toda semana."

Evan Goldberg and Seth Rogen
Evan Goldberg and Seth Rogen

Eóin Noonan / Sportsfile via Getty Images

"Eu sou uma pessoa que ama histórias e sempre quis vê-las na tela, acho legal. Gosto de alguns desses filmes [adaptados de quadrinhos]."

Apesar de ser apaixonado pelo universo de super-heróis, Seth não deixou de criticar algumas adaptações feitas pela Marvel. A franquia, segundo ele, não é direcionada aos fãs de quadrinhos como ele.

Closeup of Seth Rogen
Closeup of Seth Rogen

Steve Granitz / FilmMagic

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"Eu considero o Kevin Feige (presidente da Marvel) um cara brilhante, e acho que muitos dos diretores que ele contratou para fazer esses filmes são ótimos", Seth disse na entrevista.

Closeup of Seth Rogen
Closeup of Seth Rogen

Jon Kopaloff / Getty Images

"Mas como não tenho filhos... Porque esses filmes são meio direcionados às crianças, sabe? Às vezes eu me esqueço disso. Eu assisto esses filmes como um homem adulto, sem filhos, e fico um pouco, 'ah, não é para mim'", Seth esclareceu. Na foto abaixo, o pôster de "Thor: Amor e Trovão", lançado pela Marvel em 2022.

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O Universo Cinematográfico da Marvel é atualmente a franquia com maior bilheteria no mundo – obviamente a indústria foi capaz de cativar uma audiência gigantesca, mas como Seth disse, os filmes parecem ser mais direcionados à famílias e a uma audiência mais jovem.

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Essa lógica do Seth foi o que o levou a produzir uma adaptação dos quadrinhos de "The Boys" focada completamente no público adulto. Ele explicou: "É o mesmo gênero, mas sem considerar nem um pouco o público mais novo. É bem mais direcionado à audiência adulta."

Closeup of Seth Rogen
Closeup of Seth Rogen

David Crotty / Patrick McMullan via Getty Images

E apesar do seu ponto de vista crítico, o ator de "Os Fabelmans" não hesitou em dar o devido crédito às produções. "De verdade, sem a Marvel, 'The Boys' não existiria e não seria interessante. Sei disso. Acho que não seria bom se só existisse a Marvel. Mas não acho que esse é o caso, claramente."

Closeup of Seth Rogen
Closeup of Seth Rogen

Daniele Venturelli / WireImage

"Um exemplo que sempre dou é que em algum momento, um monte de cineastas provavelmente se perguntaram, 'Vocês acham que vamos fazer algum outro tipo de filme que não seja Velho Oeste? Tudo é Velho Oeste! O gênero domina o cinema. Se não tem um chapéu, uma arma e uma carroça, as pessoas não vão querer assistir!'"

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A situação, infelizmente, é que agora temos dois campos separados: tem o audiovisual de entretenimento, e tem o cinema" Seth explicou. "Eles se sobrepõem de vez em quando, mas isso está se tornando cada vez mais raro. E tenho medo que a dominação financeira de um esteja marginalizando e até mesmo menosprezando o outro."

Closeup of Seth Rogen
Closeup of Seth Rogen

Jon Kopaloff / Getty Images

E Seth não é o único no ramo com opiniões fortes sobre o sucesso da Marvel. Ícones como Martin Scorcese, Quentin Tarantino e Francis Ford Coppola também expressaram seu desgosto com os filmes que fazem sucesso atualmente.

Martin Scorsese and Quentin Tarantino talking
Martin Scorsese and Quentin Tarantino talking

Nbc / NBCUniversal via Getty Images

Será que essa onda vai passar ou os cineastas terão que se adaptar cada vez mais aos blockbusters?

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A minha criança interior ama o UCM, e se nos basearmos em números, o resto do mundo parece concordar. Será que essa onda vai passar ou cineastas terão que se adaptar cada vez mais ao mercado? Conta pra gente o que você acha!

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