Ao contrário de Doria, Alckmin não parece muito disposto a defender “legado econômico” de Temer

Questionado se aliança com o MDB de Temer dá ou tira voto, Alckmin desconversou: “Nós não vamos discutir isso hoje”.

Diferentemente de seu correligionário João Doria, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, não parece muito disposto a defender o “legado econômico” de Temer na próxima campanha.

De acordo com Alckmin, o momento não é de se pensar em alianças com o MDB, mas sim buscar partidos que não tenham candidatura para tentar ampliar a coligação tucana.

Adriano Machado / Reuters

Geraldo Alckmin

Publicidade

"Isso [de defender legado] não está colocado nesse momento”, disse Alckmin. "As alianças vão ficar lá para julho, quando teremos um quadro melhor. O que eu defendo é falar do futuro, esperança, emprego, emprego, emprego e renda, renda, renda. Melhorar a vida das pessoas”, completou.

Questionado se uma aliança com o MDB de Michel Temer lhe daria ou tiraria votos, Alckmin preferiu desconversar:

“Não vamos discutir isso hoje.”

O desânimo do ex-governador de São Paulo com o MDB não se dá por falta de razões. Além de a rejeição de Temer ser alta — e sua popularidade extremamente baixa —, o ex-ministro Henrique Meirelles, que figura em pesquisas na casa de 1% das intenções de voto, disse hoje que aceitaria uma coligação com o PSDB, desde que os tucanos aceitassem a vaga de vice.

Tentando evitar polêmicas, Alckmin disse nesta quarta-feira, após encontro da Executiva de seu partido, que respeita o MDB e uma eventual candidatura de Meirelles. E apresentou algumas de suas propostas para a área econômica.

Segundo ele, é preciso zerar o déficit público em menos de dois anos e trabalhar para dobrar a renda dos brasileiros.

O prazo para tal, no entanto, ficou em aberto. Alckmin disse somente ser impossível se alcançar tal meta num mandato de quatro anos.

Veja também