Angelina Jolie expôs o racismo estrutural na área da saúde após uma situação com a filha Zahara
"Isso vai além de somente olhar para a pele."
Agora ela está trabalhando para expor racismo estrutural que existe no setor da saúde.
BAFTAS / Via giphy.com
"Quando Malone Mukwende, 21 anos, começou a estudar medicina em Londres, ele identificou um problema estrutural: quase todas as imagens e as informações utilizadas nas aulas eram de pacientes brancos", escreveu Angelina.
Pacific Press / Via Pacific Press/LightRocket via Getty Images
"Mas pessoas pretas e mestiças podem apresentar sintomas muito diferentes, o que pode levar a diagnósticos errados, sofrimento e até morte", ela continua. "Ainda estudante, ele lançou o livro 'Mind the Gap' (Cuidado com o vão: um manual dos sinais clínicos na pele preta e marrom, em tradução livre) e Hutano, uma plataforma online cujo objetivo é de empoderar pessoas com conhecimentos sobre a própria saúde".
Christopher Jue / Via Getty Images for Disney
Na conversa, Angelina revelou que percebeu o racismo médico por causa dos seus filhos.
Karwai Tang / WireImage / Via Getty
"Eu tenho filhos de várias etnias e sei que até uma erupção cutânea que todo mundo pegava apresentava uma aparência diferente que dependia do tom da pele. Mas em todos os prontuários, a referência era a pele branca", afirmou a atriz.
Jun Sato / WireImage / Via Getty
"Recentemente, minha filha, Zahara, que foi adotada na Etiópia, fez uma cirurgia e, depois do procedimento, a enfermeira pediu para avisar se a pele dela 'ficasse avermelhada'", continuou.
David Livingston / Via Getty
Malone respondeu: "Quase toda medicina é ensinada assim. Existe uma linguagem e uma cultura na profissão há tantos anos que nós continuamos propagando e não percebemos que é um problema".
The Golden Globes / Via giphy.com
"Mas, como você ilustrou, essa fala é muito problemática para alguns grupos da população, porque eles simplesmente não vão experienciar isso dessa forma e, se eles não souberem, podem não perceber que precisam de ajuda médica", afirmou o estudante.
Maleficent / Disney / Via giphy.com
Eles também conversaram sobre o fato de que não é só sobre "olhar para a pele", acrescentando que "não há estudos sobre peles pretas e mestiças porque isso não era considerado importante", destacou Angelina.
Tiziana Fabi / AFP / Via Getty
Pessoas não-brancas sempre enfrentaram discriminação na medicina. Com frequência, o tratamento de controle da dor é diferente do de pessoas brancas. Muitas vezes, pacientes pretos(as) se sentem ignorados(as) ou mal tratados(as) por profissionais da saúde. Saiba mais sobre isso clicando aqui.
Você pode ler a entrevista na íntegra em inglês aqui.
Este post foi traduzido do inglês.