Angelina Jolie entra no Instagram para protestar e bate recorde

Atriz não deixou passar quieta a situação no Afeganistão

Atriz é a mais nova celebridade a aderir à plataforma de fotos e vídeos. Mas sua chegada foi para fazer uma alerta sobre a situação que está acontecendo no Afeganistão nos últimos dias.

Quem esperava uma publicação de sua vida privada ou até uma divulgação de algum material inédito de "Os Eternos" deu com os burros n'água. A publicação serviu para expor uma carta de uma menina afegão que recebeu há cerca de 20 anos, acompanhada de um alerta pessoal. 

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"Essa é uma carta que uma adolescente me mandou do Afeganistão. Neste momento, as pessoas do Afeganistão estão perdendo sua habilidade de se comunicar nas mídias sociais e de se expressar livremente. Então eu vim ao Instagram para compartilhar as histórias deles e as vozes daqueles ao redor do mundo que estão lutando por direitos humanos básicos", iniciou a legenda da publicação

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A ativista humanitária ainda expôs sua posição sobre os direitos humanos que estão sendo negados na região.

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"Gastar tanto tempo e dinheiro, espalhar sangue e perder vidas e chegar a este ponto, é uma falha quase impossível de entender. Acompanhando por décadas como os refugiados afegãos, algumas das pessoas mais capazes do mundo, são tratados como um fardo é repugnante. Sabendo que, se eles tivessem os meios e o respeito, o quanto fariam por si mesmos. E conhecer tantas mulheres e meninas que não apenas querem educação, mas que lutaram por isso", desabafou.

A chegada de Angelina na rede social causou um rebulição e alcançou um feito inédito na plataforma: bateu 1,7 milhões de seguidores em apenas uma hora. Em menos de 24 horas já tem mais de 5 milhões de fãs acompanhando sua postagem.

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Finalizando seu texto pessoal, Angelina ainda reiterou seu apoio à população, que não desistirá dessa luta e pediu apoio.

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Leia abaixo a tradução na íntegra da carta publicada no perfil de Angelina.

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"Eu sou uma jovem menina. Eu moro no Afeganistão, antes do Talibã chegar, nós todos iámos trabalhar e íamos para a escola devidamente. Nós tínhamos direitos, conseguíamos defender nossos direitos livremente, mas quando ele chegaram, nós todos temos medo deles e achamos que todos os nossos sonhos se foram. Nós achamos que nossos direitos foram violados. Não podemos sair. Trabalho e estudo estão distantes. Mas algumas pessoas dizem que o Talibã mudou, mas eu não acho isso, porque eles têm um passado muito ruim. Um dia eles entraram em nossa casa e nós ficamos com medo. Depois desse dia, eu penso sobre o horário de ir para a escola de manhã. Nessa situação, por causa da existência deles, ou quando eu volto para casa do curso o ar era escuro, mas eu podia voltar para casa facilmente, mas agora eu não posso ir ao curso com a mesma facilidade. Acho que meu curso será fechado. Talvez a gente tenha voltado 20 anos no passado, não temos direitos novamente. A vida de todos nós é sombria. 

Todos perdemos nossa liberdade e estão presos novamente".

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