A Micareta SP era o esquenta que a Parada LGBTQIA+ precisava

Falta muito para a próxima?

Nos últimos dias, São Paulo foi invadida por foliões e gente que veio para a Parada do Orgulho LGBQTIA+. Este encontro se deu na Micareta SP, onde durante três dias e noites, artistas dos mais diferentes estilos e gêneros subiram em trios para cantar e levar muita animação.

O BuzzFeed estava lá e conta como foi.

Daniela Mercury fez seu show às 13h30, o que causou certo esvaziamento de público - e este foi um erro do festival.

Ela merecia casa cheia, um coro de milhares vozes e muitos pés fora do chão. Seu ballet, sua presença de palco, sua militância e conversa com o publico são mais que necessários, e uma referência para uma nova geração. Um show que todos precisam ver!

Publicidade

Luisa Sonza trouxe um show bastante morno, onde repetiu várias músicas a exaustão. Durante a apresentação ela foi atingida por um tênis, mas não desanimou e desceu do trio para chegar mais perto do público - mesmo assim não fez juz ao famoso bordão "entregou tudo", que os fãs estão acostumados a dizer.

Momentos antes, ela falou muito brevemente com a gente sobre a importância do evento na semana em que se celebrava o Orgulho: "A importância está implícita, a gente já sabe, já falou muito sobre isso. O negócio é contribuir da forma que puder".

Ivete subiu num trio pela primeira vez desde o Carnaval de 2020 e cumpriu a promessa de "tacar fogo".

Usando como base sua turnê atual, "Tudo Colorido", foi o show mais cheio. Sua conversa com o público, com aquele "olho no olho", deixou evidente que a cantora estava muito feliz e dando o seu máximo, como sempre.

Publicidade

Na segunda noite, Gloria Groove cantou seus hits, levantou todo mundo, mas o público considerou o show curto, que durou apenas uma volta do circuito.

Em seguida, Ludmilla deu três voltas e aqueceu a galera. Misturando seus hits com clássicos da Axé Music, ela entendeu que preparar o repertório para o evento era essencial e isso fez muita diferença.

Em cima do trio, Pabllo mostrou que é uma artista poderosa, com um carisma inigualável e de um pique sem tamanho.

Sem repetir nenhuma música, ela cantou praticamente todos os seus hits e deixou gostinho de quero mais.

Publicidade

A Pabllo recebeu o BuzzFeed no seu camarim e esbanjou carisma ao falar sobre o evento.

"Este ano eu não fiquei no Carnaval em sua excelência, eu não subi no trio e eu amo trio! Eu amo a energia que o trio traz, arrastando as pessoas. A gente tá no mês da Pride, então é tão importante celebrar a vida enquanto pessoas, celebrar as pessoas que abriram portas para que a gente estivesse aqui hoje. É uma noite de muita alegria, de muita dança, de rever muitas pessoas, muitos fãs, eu estou muito feliz!"

Publicidade

O festival, que estava preparado inicialmente para 2020, precisou ser adiado e com isso veio muita ansiedade, seja dos artistas ou do público. Claudia fez valer cada segundo de espera e falou com o BuzzFeed Brasil sobre seus fãs, que são em grande parte membros da comunidade LGBTQIA+

"As expectativas são sempre mútuas. A gente tende a pensar que o artista tá lá em cima, nos holofotes, e que não se cria uma ansiedade. Mas eu estou muito ansiosa para subir nesse trio, eu me preparei, meu figurino, minha banda, pra estar aqui hoje. Eu transbordo gratidão quando canto para o meu público, que é o meu público LGBTQIAP+, que me acompanha desde sempre. Eu sou uma artista da geração passada, pois tem uma nova geração aí. Eu consigo ver uma diferença de comportamento, uma mudança na sociedade por conta dessa movimentação desse público. Então pra mim é sensacional testemunhar isso. Eu tô aqui transbordando gratidão em cima desse trio, através da minha música, da minha alegria, dos meus olhares, mas meu olho brilha lá em cima quando vejo meu público orgulhoso de ser quem nasceu pra ser, de revelar sua própria identidade. Eu me sinto muito feliz e honrada."

Publicidade

Veja também