7 coisas que o BBB 21 nos ensinou em 7 dias

Pode odiar, mas Big Brother também é cultura.

1. A pandemia entrou no BBB.

Rede Globo

Expectativa: participantes zoando, se pegando, gritando “uh é BBB” todo dia!

Realidade: participantes chorando, se consolando, gritando uns com os outros todo dia.

Os efeitos da pandemia vieram na mala e as emoções da galera estão mais à flor da pele do que nunca nesse BBB.

Pra quem duvidou dos efeitos da pandemia na saúde mental das pessoas, eles estão passando na Globo todo dia com apresentação do Thiago Leifert.

2. Saúde mental importa.

Rede Globo

“Deixa minha cabeça em paz” esse hino em forma de berro poderia ter sido dado por qualquer um que passou por 2020.

Porém, foi dado por um participante do BBB num pós festa onde quem não estava com raiva ou chorando, estava dormindo.

Com menos de uma semana de BBB alguns brothers já procuraram o psicólogo do programa e fizeram até roda de oração pra tirar “energia ruim da casa”.

O BBB 21 implora: façam terapia.

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3. Maquiagem também é coisa de homem.

Rede Globo

Alguns brothers acharam uma boa serem maquiados, mas na hora de mostrar o resultado pra casa, escorregaram na desconstrução: incorporaram trejeitos femininos em tom de deboche.

Pegou mal. Mas ao menos levantou uma discussão importante no horário nobre do programa mais assistido da TV brasileira.

Reforçou que homens podem sim usar maquiagem. E que ser desconstruído é fazer isso sendo eles mesmos, sem incorporar personagens, fazer imitações ou caricaturas.

4. A diferença entre travesti e drag queen.

Rede Globo

Essa discussão sobre homens usando maquiagens rendeu e explodiu nas redes sociais levantando outro tema.

No mês da visibilidade trans, justo no Brasil, o país que mais mata pessoas trans no mundo, esse papo no BBB ajudou a ensinar que drag queen é arte e travesti é identidade.

Ser drag queen é escolher performar e ser travesti não é uma escolha.

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5. O medo do cancelamento é real.

Rede Globo

A gente sabe que os participantes estão com medo do cancelamento quando eles discursam falando pra ninguém ter medo do cancelamento.

Nesse BBB guiado pelo medo, três brothers já ameaçaram sair do programa que começou a menos de sete dias. Todos homens. Todos depois de perceberem que vacilaram.

Talvez o BBB esteja querendo nos ensinar alguma coisa sobre a importância de aprender a ser contrariado com maturidade.

6. O Nordeste é gigante.

Rede Globo

Em todos os sentidos. A região tem nove estados, mais de cinquenta e sete milhões de pessoas e ocupa quase vinte por cento do país.

Não dá pra dizer que uma pessoa fala pegando pelo simples fato dela ser nordestina. Quando isso rolou, ainda por cima no contexto de que curitibano é educado e por isso não fala pegando, deu ruim.

O nordeste está atento e em 2021, a xenofobia, em qualquer nível, não vai passar despercebida no BBB não.

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7. Menos julgamento, mais acolhimento.

Rede Globo

Depois de desagradar a casa inteira numa festa, o participante foi convocado pelo seu ídolo para um papo reto. Dois homens negros sentaram pra trocar ideia.

Domingo em pleno horário nobre, um rapper falou por cinco minutos sobre como segregação não é o caminho para equidade racial, deu uma aula de empatia e de acolhimento sem julgamento.


Na internet onde nada é unânime, a ideia que ele deu sobre união foi.
E ainda tem gente que diz que BBB é alienação.

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