Foto: Sebastião Marinho / Agência o Globo (07-02-1989) / Via oglobo.globo.com
O desfile da Beija-Flor, em 1989.
1. Quando a Mangueira chegou "com versos que o livro apagou".
Rodrigo Gorosito/G1 / Via g1.globo.com
"Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento / Tem sangue retinto pisado atrás do herói emoldurado / Mulheres, tamoios, mulatos / Eu quero um país que não está no retrato." Foi com o samba-enredo "História pra ninar gente grande" que a verde e rosa atravessou a avenida em 2019, retratando um Brasil que teve seus índios dizimados e que foi palco para a escravidão. A letra também citava Marielle Franco, Leci Brandão e Jamelão.
3. Quando a São Clemente falou sobre fake news, trambiques e mamatas.
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"Brasil, compartilhou, viralizou, nem viu / E o país inteiro assim sambou, caiu na fake news", cantou a São Clemente em 2020. O samba-enredo "O conto do vigário" trazia a assinatura do humorista Marcelo Adnet (que desfilou como Jair Bolsonaro) e criticou as mamatas e os trambiques típicos da política nacional.
4. Em 1989, quando a Justiça proibiu que um carro alegórico da Beija-Flor desfilasse.
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Naquele ano a escola apresentou o enredo "Ratos e urubus, larguem minha fantasia", abordando a realidade das pessoas em situação de rua. A ideia era levar um Cristo Redentor mendigo para a avenida, mas a Arquidiocese do Rio de Janeiro foi à Justiça e conseguiu uma liminar proibindo a alegoria. Foi aí que o carnavalesco Joãozinho Trinta e sua equipe, então, tiveram uma ideia: cobrir o Cristo com uma lona preta e colocar sobre ele uma faixa com os dizeres: "Mesmo proibido, olhai por nós". A escola ficou em segundo lugar naquele ano.